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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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IX Jogos Desportivos Escolares: Manica insurge-se e provável vencedor absoluto do festival

A PROVÍNCIA de Manica insurgiu-se nos derradeiros dias do IX Festival Nacional dos Jogos Desportivos Escolares, que decorre em Lichinga, e pode ser confirmada hoje, dia do encerramento do evento, vencedora absoluta, uma vez que as contas mostram que conquistou maior número de medalhas de ouro, em consequência do domínio evidenciado na maior parte das modalidades que corporizam a maior festa desportiva escolar.

Manica insurge-se e provável vencedor absoluto do festiva
Manica esteve no pódio nas modalidades de futebol masculino, basquetebol feminino, atletismo, voleibol e xadrez feminino, à frente de Zambézia e Maputo cidade, que eram tidas como principais favoritas desta edição.

Porém, tudo terá ficado claro após as contas de atletismo, que foram feitas toda a noite de ontem. Mas a nossa contabilidade dá indicações de que Manica terá sido o mais cotado, com a vantagem de ter conquistado maior número de provas colectivas.

A maior decepção foi logicamente a Zambézia, que após marcar presença em peso nas diversas finais caiu nas modalidades de futebol e andebol masculino e xadrez feminino. A sua grandeza reduziu-se às modalidades de basquetebol, voleibol e xadrez masculinos, nas quais chegou ao pódio.

Zambézia derrotou na final de basquetebol masculino a Cidade de Maputo por 82-81 já na derradeira etapa do jogo. Foi aqui onde realmente vingou-se e assim poderá sonhar com os lugares cimeiros na classificação geral das modalidades. Zambézia não teve mesma sorte em basquetebol feminino, onde perdeu na final com Manica por 51-53.

A queda dos zambezianos começou na final de futebol masculino com Manica, que ambos dominaram nas séries “A” e “B” sem conhecer o sabor amargo da derrota, estendendo-se para o andebol masculino e xadrez feminino, onde deixaram os títulos nas mãos de Maputo cidade e Manica.

Maputo cidade esteve igualmente aquém das expectativas. O seu sucesso resume-se apenas ao andebol masculino e ginástica, modalidade que é nova a nível do festival. Caiu na final de voleibol feminino, depois de falhar a presença na final masculina, como era de esperar. Não esteve igualmente nas finais de xadrez, modalidade que vem dominando desde que foi introduzido neste evento.

Porém, a pior decepção foi de Maputo província, que não marcou presença em sequer uma única final.

ZAMBÉZIA CHORA

Foi muito triste e difícil de gerir a queda livre da Zambézia na hora de fazer a história destes jogos, depois de ter feito tudo a seu favor nas diversas modalidades, sobretudo no futebol, onde havia dado claras indicações de que o título seria seu, ao dominar a série “A” que se adivinhava mais competitiva, tendo em conta a presença das selecções de Maputo cidade e província que, porém, acabaram se rendendo a selecções como Gaza, segundo deste grupo e Niassa.

Zambézia acabou provando ao contrário do que estava previsto, ao aceitar derrota frente a Manica. Foi um golpe a doer, pelo que Manica nunca havia entrado nos prognósticos da modalidade rei a nível desta competição, assim como manda dizer a história dos Jogos Escolares. Porém, a formação do planalto deu-se ao luxo de manietar os zambezianos, invertendo a vantagem para si já na segunda metade do período complementar, depois da igualdade a um tento.

Por seu turno, Gaza deixou claro que vinha bem preparada para fazer face aos tidos como mais fortes e acabou arrancando terceiro lugar com o triunfo diante de Maputo Província (2-1).

O técnico da formação zambeziana, José Manuel, atirou as culpas para a irregularidade do piso do Estádio 1º de Maio, que está a tornar-se cada vez mais pelado face ao mau tratamento do relvado e a carga de jogos que recebe.

Enquanto isso, o treinador da selecção de Manica, Arlindo Manuel, realçou que as duas equipas jogaram em igualdade de circunstâncias, sendo que partiram para a fase final na condição de primeiros classificados dos grupos e ambos sem derrotas. Para Arlindo Manuel, Manica demonstrou que é superior, tendo demonstrado a sua frieza durante os 80 minutos regulamentares.

NIASSA CONFORMA-SE

Tudo justificava, à entrada para estes Jogos, que Niassa teria uma palavra a dizer nestes jogos, mas acabou sendo arrastado pelas fragilidades que foi paulatinamente registando ao longo das competições, a começar pelo futebol e basquetebol masculino, competições nas quais resistiu perante os mais fortes.

Não transitou à fase seguinte face à inexperiência. Contudo, esteve à altura de salvar a honra, em futebol feminino, derrotando na final Gaza na marcação de grandes penalidades, depois de um empate a dois tentos no tempo regulamentar. Marcou três “penaltes” contra dois do adversário. De salientar que Gaza acompanhou Niassa na série “A” de apuramento para a fase seguinte.

No entanto, Inhambane, que era detentor do título feminino e que liderou a série “B” à frente de Manica, contentou-se com o terceiro lugar, com a vitória diante de Manica (2-1).

SALVADOR NHANTUMBO, em Lichinga