Taça de Moçambique mcel: Chingale- 1 -Ferroviário Beira- 0 - Vitória muito suada
O CHINGALE está na final da Taça de Moçambique mcel em futebol, mercê da vitória ontem no relvado do Desportivo de Tete sobre o Ferroviário da Beira, por uma bola sem resposta, resultado obtido durante os 120 minutos, uma vez que o tempo regulamentar terminou com um nulo.
O jogo começou com ambas as equipas a concentrarem as jogadas no meio-campo e optando por lançamentos compridos para o contra-ataque. Foi nesta toada de jogo que, à entrada do segundo quarto de hora, Edson recebeu um passe de Burra, atravessou a linha divisória, galgou pelo flanco esquerdo até ao fundo da linha e cruzou para os pés de Eládio que, com a baliza à sua frente, esticou o pé direito e rematou forte para a defesa espectacular de Binó.
O Chingale, num contra-ataque do veterano Mavó, que esteve em seu dia bom, penetrou pela zona central da defensiva, rematou para uma defesa incompleta de Gervásio. Na recarga, Magaba atirou de novo à figura de Gervásio que com uma palmada desviou o esférico para a linha final. Isto permitiu um pontapé-de-canto que foi cobrado por Mavó que cruzou para as mãos do guarda-redes contrário.
Praticamente, as jogadas de ambos os lados morriam na zona do meio-campo até ao intervalo.
Veio a segunda parte, com o Ferroviário mais esclarecido e com um caudal ofensivo mais aberto e agressivo, aparecendo com três jogadas perigosas junto à zona mais recuada do Chingale. Valeram as qualidades do guarda-redes Binó que anulou os remates certos de golo aos 47, 49 e 54 minutos por intermédio de Abílio, Degalo e Mendes, respectivamente.
Foram momentos de calafrios nas hostes do Chingale, equipa que ficou alguns momentos desorientada desde o seu meio-campo até à defensiva, com erros que só não custaram muito caro devido à ingenuidade dos pontas-de-lança do Ferroviário.Apercebendo-se do perigo, o banco técnico do Chingale efectuou algumas alterações, reforçando o meio-campo. Como corolário disso, superou o adversário e foi acantonando-o cada vez mais na sua defensiva que, a partir dessa altura, pareceu estar a defender o empate, tendo em vista o prolongamento.
Já aos 80 minutos, o Ferroviário começou a ensaiar ataques esporádicos e venenosos junto à baliza de Binó, mas devido à grande experiência do guarda-redes do Chingale, todas as bolas morriam nas suas mãos com muita segurança.
O tempo regulamentar terminou com o Chingale dando mostras de querer vencer a partida.
Já no prolongamento, a equipa comandada por Rui Évora, acreditou em si e concentrou as suas jogadas no meio-campo do Ferroviário, apertando mais o cerco à busca do golo. Como resultado desse “pressing”, aos 104 minutos surgiu o golo do Chingale por intermédio de Hadji, na recarga de uma sobra da defesa de Gervásio para um livre bem marcado por Mavó que foi o homem do jogo.
O Ferroviário da Beira não cruzou os braços. Remou contra a maré, correndo atrás do prejuízo, mas a sorte foi-lhe madrasta. Por duas vezes perdeu oportunidades soberbas de empatar. É mesmo caso para dizer que Deus escreveu certo em linhas tortas.
Assim o jogo terminou com uma arbitragem positiva de José Maria, proveniente da província de Gaza, que ão teve nenhuma influência no resultado.
FICHA TÉCNICA:
CHINGALE: Binó, Celso, Fred, Aberture, Manuelito, Hadji, Alex, Marito II, Paulo, Mavó, Magaba.
Jogaram ainda Mito e João.
FERROVIÁRIO DA BEIRA: Gervásio, Casimiro, Burra, Ninito, Edson, Carlos, Nene, Eládio, Degalo, Abilio e Mendes.
Alinharam ainda Toni, Henriques e Nando.
Acção disciplinar: cartolinas amarelas, po
antijogo para Binó, do Chingale, Burra e Nené, ambos do Ferroviário da Beira.