MOÇAMBOLA-2009: Triste tarde muçulmana!
NÃO se sabe se foi o efeito da torrencial chuva de domingo que acabou sendo nefasto para os dois emblemas, ou se o adiamento dos desafios por 48 horas serviu de motivação extraordinária para os adversários.
Tanto a Liga Muçulmana, que vinha comandando a prova de forma destacada, como o Atlético Muçulmano caíram diante do Desportivo e do Chingale, coincidentemente, pelo mesmo resultado de uma bola sem resposta.
Um facto, particularmente em relação à derrota da turma de Neca, visto como uma ponte para acrescentar ainda mais a emoção e a incerteza que se vivem nos lugares do topo da tabela classificativa. É que, agora, a Liga Muçulmana dispõe de apenas de um ponto de vantagem (37-36) sobre Ferroviário e Desportivo e cinco em relação ao Costa do Sol, que apesar da travessia do deserto continua na lição.
Neste momento vão sendo avançadas conjecturas das mais díspares, tendo em conta aquilo que ainda se reserva para qualquer um dos concorrentes.
Na jornada que se segue, a décima nona, enquanto os “muçulmanos” enfrentam uma deslocação extremamente complicada para o Chiveve, onde lhes aguarda o Ferroviário da Beira, os “locomotivas” recebem o Atlético Muçulmano e os “alvi-negros” terão pela frente o Textáfrica, portanto, adversário de menor dimensão e “a priori” com o triunfo garantido.
Ontem, o campo do Maxaquene, na Machava, viveu uma tarde de grande em emoção, sobretudo os derradeiros minutos, que mais se assemelhavam a uma final de campeonato. A luta foi tenaz durante os 90 minutos, com o Desportivo a fazer valer-se pelo tento solitário do ora goleador Aníbal, aos 19 minutos, assinando assim o seu nome na história de mais um jogo em que os “alvi-negros” conquistaram três valiosos pontos.
Na Baixa da cidade, o Atlético Muçulmano, muito provavelmente, não contava com um Chingale disposto a iniciar a viragem na sua caminhada, na tentativa de fugir dos lugares da despromoção.
O veterano Mavó, bem pertinho do final do jogo, foi quem transportou a alegria para a cidade de Tete, embora ainda se exija muito da equipa, pois a ameaça não está dissipada.