CAN ANGOLA-2010: Benin entre o histórico e a realidade
COM apenas duas presenças no CAN, sem passar da primeira fase, o Benin apresenta-se em Angola para a sua terceira participação com referências que se distanciam do seu “histórico”.
Na última actualização do “ranking” da FIFA, a selecção beninense aparece como a 59ª selecção mundial e a 11ª melhor de África.
Esta ascensão no “ranking” deve-se aos resultados conseguidos durante a fase de qualificação, sobretudo a vitória sobre o Gana (1-0), 38ª selecção melhor cotada no mundo e o sexto conjunto mais forte em África, vencedor do grupo e apurado para o Mundial.
Nesta subida, os “Esquilos” (designação da selecção do Benin) também beneficiaram do empate diante do Mali (1-1), 51º do mundo e 8º no continente. Esta colheita permitiu-lhes terminar o apuramento em segundo com 10 pontos, superando o Mali (9) e Sudão (1).
Apesar de não ter qualquer posição relevante nesta prova, o crescimento gradual dos números das edições em que participou, associados a estes, podem constituir-se em factor motivacional para uma prestação mais marcante em Angola.
Em 2004 o Benin estreia-se no CAN num grupo onde estavam Marrocos, Nigéria e África do Sul. O saldo foi de um golo marcado e oito sofridos, e com uma goleada de 0-4 aplicada pelos marroquinos.
Quatro anos depois regressa e de novo cai no meio de “feras”: Costa do Marfim (1-4), Nigéria (0-2) e Mali (0-1). Apesar de novamente sair sem pontos e outra goleada, já sofrera menos um golo (7) - mas só apontara um também.
Assim, o CAN-2010 servirá de teste à sua capacidade de crescer competitivamente, ou seja, poderá confirmar o ascendente competitivo ou manter a “tradição” de mero animador.
Os seis golos concretizados na fase de qualificação e os triunfos sobre equipas mais cotadas podem ter sido um sinal.
Para este desafio o técnico francês Michel Dussuyer tem como principal referência o goleador Razak Omotoyossi, que marcou quase metade dos golos do conjunto, oito num total de 18. Na equipa base pontificam ainda Yoann Djidonou, Jocelyn Ahoueya, Khaled Adenon, Damien Chrysostome e Romuald Boco.