Torneio “Eduardo dos Santos”: Moçambique queda-se em terceiro lugar
A SELECÇÃO Nacional de futebol de Sub-20 quedou-se em terceiro lugar no Torneio Internacional da Fundação Eduardo dos Santos (FESA), que terminou ontem, domingo, no centro-norte da província de Malange, tendo, para o efeito, vencido a sua congénere da Suazilândia, por 2-0, no jogo de apuramento para o terceiro lugar, realizado na manhã do mesmo dia.
Por seu turno, Angola derrotou Maurícias na final por 3-2 conquistando, mais uma vez, o torneio, que é o sexto promovido pela FESA e o primeiro a ser realizado fora de Luanda.
Os “Mambinhas” entraram para este encontro com os suázis com uma outra postura, depois do insucesso no jogo frente às Maurícias, no sábado, no qual foram derrotados por 2-0, com as culpas a recaírem para o guarda-redes Rodrigues, que teve duas fífias: no primeiro tento, o “keeper” moçambicano largou o esférico das suas mãos para ofertar o adversário, que não perdoou. No segundo, teve uma saída em falso.
Contudo, a equipa de todos nós foi vítima de falta de sorte e da inexperiência de alguns jogadores, como é o caso do próprio guarda-redes Rodrigues, que prejudicou o esforço dos seus colegas, oferecendo golos ao adversário, no caso as Maurícias. Aliás, os “Mambinhas”, que saíram ao intervalo a perder por uma bola sem resposta, sufocaram os mauricianos na derradeira etapa, durante a qual permaneceram no seu reduto mais recuado. Tantas perdidas de Maninho, o jovem ponta-de-lança da Liga Muçulmana de Maputo, e vários livres directos junto à grande área perdidos são o saldo dos desperdícios da equipa moçambicana.
Porém, dado o esforço abnegado exercido pelo conjunto, Gildo, o defensor do Atlético Muçulmano, finalizou com êxito uma jogada de insistência já no prolongamento dos 90 minutos regulamentares, mas o árbitro confundiu-se, ao assinalar o tento e depois anulá-lo por indicação do fiscal de linha.
Foi uma decisão muito duvidosa e que provocou ira aos jogadores e equipa técnica nacional, liderada por Amade Chababe Amade, e muito contestada pelo público angolano, que vaticinava uma final entre os dois países irmãos. Após este acontecimento, a equipa nacional ficou baralhada e, sobre os nervos, a defensiva foi encontrada em contrapé, ainda no decurso do prolongamento. A bola estava a ser disputada entre Gildo e o atacante mauriciano longe da grande área moçambicana, quando o guarda-redes Rodrigues precipitou-se a sair e embrulhar-se no lance. A bola sobrou para o adversário, que foi ao encontro da baliza escancarada e fazer o 2-0 para as Maurícias. Esfumou-se assim o sonho dos “Mambinhas” de chegar à final.
INOCÊNCIO E ISAC SALVAM HONRA NACIONAL
O lateral esquerdo, Inocêncio e o médio ofensivo Isac, foram determinantes para o sucesso dos “Mambinhas” ontem, no encontro com os suázis। Inocêncio marcou de livre à saída da grande aérea, um arco que deixou o guarda-redes suázi sem hipóteses de defesa, aos 18 minutos। Depois, foi a vez de Isac fazer o 2-0, um tento que veio compensar a bravura deste jovem jogador, que tentou várias vezes colocar Maninho em posição para marcar, mas a não ser certeiro até que, numa jogada combinada iniciada pelo meio-campista Lindo, emprestado ao Chingale pelo Costa do Sol, conseguisse visar a baliza dos suázis। Lindo, foi o jogador que mais criou admiração a milhares de pessoas que encheram o Estádio 1º de Maio de Malange, como servidor e armador do jogo dos “Mambinhas”. O técnico Chababe terá pecado ao não alinhá-lo de primeira no encontro com as Maurícias.
Entretanto, esta foi uma vitória que veio salvar a honra dos moçambicanos, pois, como havia dito, nada na mente dos angolanos antevia que a final fosse entre si e as Maurícias, pelo reconhecimento que têm pelo futebol moçambicano.
Contra todas as expectativas, acabou acontecendo o contrário, e os angolanos aproveitaram-se da oportunidade para arrancar mais um troféu e dizerem que “em nossa casa mandamos nós”.
Ao intervalo Angola vencia as Maurícias por 2-0 e no final da partida o resultado foi de 3-2.
- Salvador Nhantumbo