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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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1.º de Maio e Ferroviário em festa

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O  1.º DE MAIO de Quelimane e o Ferroviário de Nacala festejaram a passagem da primeira eliminatória da Liga BNI, prova que arrancou ontem com a efectivação de apenas duas partidas, sendo uma no centro do país e outra no norte.

 

As duas equipas para transitarem à etapa seguinte precisaram de recorrer às grandes penalidades, onde o 1.º de Maio afastou o Ferroviário também de Quelimane por 5-3 depois de 1-1 nos 90 minutos, tendo o Ferroviário de Nacala posto fora de competição o Desportivo da mesma cidade por 5-4, depois de 2-2 no período regulamentar. A Liga BNI, a terceira prova mais importante do país depois do Moçambola e da Taça de Moçambique, vai ser muito competitiva, uma vez que os seus integrantes conseguem em caso de vitória reforçar os seus cofres.

 

A propósito desta competição a nossa Reportagem abordou o Governo, a Liga Moçambicana de Futebol e o próprio patrocinar, cujas declarações vêm inseridas mais abaixo nesta mesma edição.

 

EUFORIA NO ARRANQUE

 

O JOGO de abertura oficial da Taça da Liga BNI edição 2015, que teve lugar na cidade portuária de Nacala, província de Nampula, foi marcado por um simbolismo, com o campo da Bela Vista local a receber uma grande moldura humana que foi, diga-se de passagem, condimentada por ilustres personalidades, sendo de destacar o presidente da LMF, Alberto Simango Jr., o PCA do Banco Nacional de Investimento (BNI), Tomás Matola, e do director do Fundo de Promoção Desportiva, Inácio Bernardo.

 

Falando no lançamento da prova, Alberto Simango transmitiu, a partir de Nacala para todo o país, em especial para os amantes do futebol, a ideia de que a efectivação desta prova é resultado do comprometimento do organismo que dirige de aumentar o número de competições nesta modalidade e congratulou-se pela adesão do público nacalense, que fez questão de apelar para uma maior confraternização.

 

Por seu turno, Tomás Matola pediu para que os intervenientes desta prova privilegiem o “fair-play” e que durante os jogos que forem a ser disputados vença a melhor equipa.

 

JOGO RESOLVIDO A GRANDES PENALIDADES

 

O Desportivo de Nacala entrou melhor no jogo, melhor estruturado no seu meio-campo, onde Essien e Kikito faziam pressão sobre os seus opositores mais próximos, roubando-lhes o esférico e lançando para o ataque os colegas mais adiantados no terreno e por via dessa supremacia por pouco aos oito minutos abria o activo por intermédio de Emmanuel.

 

Mas foi contra a corrente do jogo que o inevitável Marufo abria as hostilidades, aproveitando-se dum erro da defensiva contrária para fazer o um-a-zero a favor dos “locomotivas”, quando estavam jogados 12 minutos da partida, para o desespero de Arnaldo Ouana.

 

O Desportivo de Nacala foi atrás do prejuízo e aos 30 minutos da partida Scander, na ala direita do seu ataque, troca os olhos a um defensor, esgueira-se em velocidade para a baliza adversária e faz um remate cruzado que é tirado quase na linha do golo para canto.

 

As equipas recolheram aos balneários com 1-0 que quanto a nós até essa altura era injusto por aquilo que foi a produção dos dois conjuntos. Um empate estaria bem assente.

 

No reatamento, tal como no início da partida, o Desportivo de Nacala entrou mais pressionante à procura do golo da igualdade, mas seria o Ferroviário a avantajar-se no marcador com um golo apontado por Alvarito no seu primeiro toque na bola depois de acabado de entrar, eram jogados 58 minutos, para o desespero total adeptos do Desportivo.

 

O dois-a-zero era enganador até àquela altura, pois em termos de produção de jogo, o Desportivo de Nacala era a melhor equipa em campo, facto que veio a ser compensado, quando aos 63 minutos Emmanuel reduz a desvantagem, para logo a seguir Odilo fazer o empate aos 66 minutos. Estava reposta a verdade no marcador.

 

Daqui até ao final do jogo assistiu-se a uma partida com as duas equipas a tentarem, a todo o custo, marcar o terceiro golo, mas este acabou empatado, situação que arrastou para a marcação de grandes penalidades, como reza o regulamento da prova.

 

Na lotaria das grandes penalidades o Desportivo de Nacala marcou dois tentos por intermédio de Essien e Emmanuel, enquanto do lado do Ferroviário de Nacala converteram Naftal, Silva e Marufo. Falharam para os vencidos Gito, Miterland e Odilo e do lado oposto Jonas e Elias, fixando o resultado em 2-3 (gp), depois do dois-a-dois no tempo regulamentar.

 

No final do encontro foi eleito Bheu, do Ferroviário de Nacala, como o melhor jogador em campo, tendo sido premiado com dez mil meticais.

 

O árbitro do encontro, Júlio Gonçalves e seus auxiliares Nelsa Jeque e Raimundo Artur realizaram um trabalho a contento, apesar de algumas contestações do público afecto ao Ferroviário.

 

FICHA TÉCNICA

 

DESPORTIVO DE NACALA – Valério; Idrissa, Miterland, Sanito e Kikito (Cachimo); Maninho, Essien, Essien e Scander (Gito); Zé (Faizal), Odilo e Emanuel.

 

FERROVIÁRIO DE NACALA – Jonas: Naftal, Silva, Bheu e Micas; Ozias (da Silva), Tchitcho (Alvarito) e Abu; Arnaldo, Marufo e Elias.

 

ACÇÃO DISCIPLINAR: amarelos exibidos a Marufo, do Ferroviário de Nacala, e Kikito e Miterland, do Desportivo.

 

LUÍS NORBERTO

 

Fonte:Jornal Noticias