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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Costa do Sol deve seis milhões de dólares ao BCI

 

O Clube de Desportos da Costa do Sol deve seis milhões de dólares ao BCI, valor desembolsado pelo referido banco para a construção de um campo de futebol e de um pavilhão multiuso. O BCI já reivindicou o valor em divida e deverá resultar na hipoteca de uma parcela de terra pertencente a colectividade canarinha.

 

O Costa do Sol foi notificado pela direcção do BCI para liquidar a dívida de USD 6.000.000,00 (seis milhões de dólares americanos), cedido pelo banco para erguer infraestruturas, na senda de um projecto de construção de moradias, o que contribuiria para o melhor desenvolvimento das actividades da colectividade, tornando-a auto-sustentável.

 

Entretanto, o Costa do Sol, após receber o valor acima indicado não conseguiu dar o devido encaminhamento e o banco accionou os mecanismos para reaver o referido valor e avançou com a hipoteca de uma parte dos terrenos do Costa do Sol, que, no entanto, não perfazem na totalidade o valor cedido.

 

Com a hipoteca dessa parcela de terra dos canarinhos, o BCI ainda terá de receber, cerca de um milhão e meio de dólares, que deverá ser pago em modalidades ainda em estudo.

 

HISTÓRIA DO CANÁRIO DELAPIDADO

 

Depois de vários anos de glória, o Costa do Sol perspectivou tornar o clube sustentável por forma a aliar as grandes conquistas conseguidas. Aliás, o Costa do Sol era até então a colectividade que havia conseguido amealhar o maior número de títulos.

 

Assim, em 2008, foi criada a empresaMatchiki-SGPS-Sociedade e Participações, Limitada, publicada no Boletim da República nº 6, IIIª Série de 8 de Fevereiro de 2008. Essa empresa se dispunha a construir de um parque imobiliário de 230 casas de habitação, um estádio de futebol de onze e um pavilhão multiuso.

 

No entanto, para esse empreendimento que se pensava vir a dar uma saúde financeira a colectividade canarinha teve que recorrer um parceiro e, deste modo, foi negociado um financiamento de cerca de USD 70.000.000,00 (setenta milhões de dólares americanos) com o BCI, contra a garantia da hipoteca do complexo desportivo.

 

No cumprimento do acordo, o BCI fez o primeiro desembolso no valor de USD 6.000.000,00 (seis milhões de dólares americanos), em Junho de 2008 destinado a construção do acima citado campo de futebol e também para o pavilhão multiuso. Entretanto, este valor foi desviado para dar início a construção das 230 casas, pela empresa MMD Construções, numa adjudicação directa sem qualquer concurso público.

 

Seguidamente, contratou-se a empresa Remax para o marketing e venda das referidas casas avaliadas em cerca de USD500.000,00 (quinhentos mil dólares americanos), cada uma.

 

Foi em 2010 que se iniciaram os trabalhos de construção das 17 casas pela MMD Construções, obras que viriam a ser interrompidas em 2011, alegadamente por falta de fundos para dar seguimento ao projecto.

 

Sabe-se que o BCI deixou de fazer mais desembolsos por falta de pagamentos da primeira tranche e em 2012 congelou as contas pertencentes ao Matchiki SGPS e manteve a dívida em USD 6.000.000,00 (seis milhões de dólares americanos). Por outro lado, para aquisição das 17 casas foram colectados cerca de sete milhões de dólares, pagos pelos clientes à empresa Matchiki-SGPS através da Remax, perfazendo treze milhões de dólares,valor destinado para a construção.

 

Apesar desse valor, as dezassete moradias não foram concluídas até os dias que correm. Alguns clientes, desesperados com a situação já recorreram a órgãos de justiça e os processos já estão em curso com vista a reaver os seus valores. 

 

 

Fonte:Desafio