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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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CHISSANO E O DESCALABRO DOS “MAMBAS” NO COSAFA: Estamos tristes!

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JOÃO Chissano não escondeu a tristeza pela perda, pela segunda vez, do troféu do torneio da COSAFA. Porém, o técnico dos “Mambas” faz um balanço razoável, porquanto o combinado nacional deveria, no seu entender, ter feito o melhor frente à Namíbia.

 

Que avaliação faz da nossa participação neste torneio?

 

Fizemos três jogos, ganhámos dois e perdemos o principal. Penso que no seu todo não foi negativa, mas também não foi uma prestação muito boa em termos do que pretendíamos que os jogadores fizessem. Encontrámos um Malawi que trouxe a sua selecção principal e que já está preparada para as frentes que se avizinham. Encontrámos a Namíbia que também trouxe a sua selecção principal, por isso tivemos dificuldades no jogo jogado. A entrega dos jogadores não foi má, mas deveria ter sido melhor se tivéssemos tido um bocadinho mais de experiência.

 

Sem sonhar muito alto neste COSAFA, conseguimos chegar à final e com jovens que ainda procuram ganhar tarimba e espaço na selecção principal. O que se pode dizer desta rapaziada?

 

Eu penso que conseguimos incutir alguma forma de jogar nesta juventude. Apesar de nos sentirmos tristes por termos perdido esta final, não nos podemos esquecer do trabalho que fomos fazendo até chegar a esta final. Ombreámos com várias selecções que estavam melhor preparadas do que nós, inclusive a Namíbia, que fez seis jogos neste COSAFA, pois começou desde a fase de grupos, daí o seu melhor entrosamento. Aliás, é por esta razão que foi superior e mereceu ganhar a final. Trouxe a sua equipa principal, o Malawi e a Zâmbia também. Nós trouxemos uma equipa com seis sub-23 e dois sub-20, mesmo assim sentimos que estes jogadores, apesar de terem chegado à final, têm muito que trabalhar se quiserem chegar a altos patamares. Mas estão a caminho disso e merecem a nossa confiança.

 

E a derrota acaba defraudando as expectativas depois de duas vitórias consecutivas e que abriram caminho para a final com a Namíbia? 

 

Obviamente que estamos tristes porque não conseguimos vencer o jogo, mas há ilações boas tiradas. Em relação à final, dizer que a Namíbia mereceu ganhar este COSAFA pelo que fez ao longo dos 90 minutos. Aliás, não foi nestes 90 minutos que mereceu vencer. Dominou um grupo que parecia não ter possibilidades de vencer. Goleou o Zimbabwe na última jornada da fase preliminar e eliminou, consequentemente, a Zâmbia, nos quartos-de-final, e ficou, a partir daí, mais entrosada. Nós fizemos o terceiro jogo sábado e a Namíbia o sexto. Acho que a grande diferença esteve aí. A Namíbia veio com muita confiança, muito entrosada e com uma equipa ideal da fase de grupos e calculo que a sua vantagem traduziu-se nisso.

 

O facto de o presidente da federação namibiana ter dito que preferia jogar a final com Moçambique foi mesmo uma antecipação da queda dos “Mambas”?

 

A preferência dele é porque fomos nós que lhes tirámos do CAN-Interno. Há dois anos que diziam que estão à procura de uma desforra. Infelizmente, conseguiram-na aqui no COSAFA.

 

Muitos problemas no meio-campo, não é?

 

São problemas de rapidez e da segunda bola. Em dois e três toques o adversário conseguiu chegar à nossa grande área. Temos de ser muito rápidos. Aliás, eu penso que esta é uma característica dos jogadores moçambicanos. Adormecem ligeiramente, principalmente nas transições de defesa para o ataque e em uma fracção de segundos temos um adversário nas nossas costas a criar-nos problemas. Portanto, temos de trabalhar bastante nesse aspecto se quisermos chegar mais longe. 

 

 

Fonte:Jornal Noticias

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