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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Ferroviário, 0 – AL AHLY SHANDI, 1: Presos na armadilha sudanesa

Ferroviario

FOI um duro golpe para o Ferroviário que lutou incansavelmente à busca no mínimo da igualdade para minimizar a desvantagem e acreditar na possível viragem no encontro da segunda “mão” frente ao Al Ahly Shandi do Sudão do Norte.

 

Infelizmente, os “locomotivas” acabaram pagando caro pelo único erro de palmatória cometido pelos “centrais”, que não estiveram à altura de interceptar o centro geométrico de Fariz para os pés de Francis que, antes de visar, ainda se deu ao luxo de escolher o melhor ângulo, para o gáudio dos forasteiros, poucos minutos depois do início da segunda etapa do jogo.

 

 

Os sudaneses venceram na estratégia defensiva, que tornou a sua segunda metade praticamente intransponível. Exigia-se do Ferroviário uma outra dinâmica no seu sistema ofensivo, que conferisse maior velocidade ao ataque. Por outro lado, exigia-se maior capacidade individual dos atacantes para romper a grande área a partir da zona frontal, porque os flanqueamentos tornavam-se menos exequíveis perante as “torres” que protegiam a área.

 

Tanto Imo, pela direita, e Vling, pela esquerda, ensaiaram alguns despejos, sem sucesso, porque os sudaneses se defendiam muito bem nas alturas. Uma das alternativas ensaiadas foram os cruzamentos à meia-altura, mas não surtiram o efeito desejado.

Actuando de forma indiferente e explorando o factor surpresa, os sudaneses foram muito perigosos nas suas descidas e passavam, nalguns momentos, por despercebidos no reduto mais recuado dos “locomotivas”, mas sem atinarem perfeitamente com a baliza.

 

Como era óbvio, deixaram o Ferroviário tomar a iniciativa do jogo, reagindo em situações concretas e sempre que houvesse espaço para tal, ou seja sem grandes aventuras. Muito bem nas desmarcações e na leitura do jogo, os sudaneses privilegiaram o futebol cumprido (passes longos), colocando o esférico sempre nos flancos quando descessem em contra-ataque e cruzamentos intensos para a área. Porém, Chico e Zabula responderam com perfeição, falhando na única mancha que deu espaço para o golo de Francis.

 

ABORDAGEM CONFUSA NA PRIMEIRA PARTE 


Para os sudaneses, a melhor forma de estancar as manobras ofensivas passava pelo exercício de maior pressão, para inibir o pensamento e, consequentemente, a reacção do adversário. A pressão começava à entrada do seu meio-campo, com o bloqueio das linhas de passe na zona frontal e nos flancos.

 

O Ferroviário era forçado a recuar e, com pressão, perdia o controlo do jogo, soltando nalgumas vezes o esférico para os pés do adversário, que partia logo em vantagem sobre os defesas, obrigando sobretudo os “centrais” a um esforço redobrado para evitar o pior.

Que o digam Chico e Zabula naquela primeira acção inimiga, em que Faris foi lançado em profundidade depois de uma perdida “locomotiva” nas suas “aventuras”. De traz para a frente, desfez-se da linha defensiva, dominou o esférico, sorte porque Pinto saiu em antecipação e a tempo de aliviar o esférico nos pés do atacante sudanês, que se preparava para violar a baliza moçambicana, aos seis minutos.

 

Até aqui o Ferroviário não tinha se encaixado perfeitamente no seu jogo, apesar do esforço para tal. E com sorte não sofreu o golpe de vista ensaiada por Nadir que, à esquerda do ataque, colocou o esférico na cabeça de Razak, tendo este desviado ligeiramente ao lado, aos 18 minutos.

 

Embora o Ferroviário descesse com frequência para o ataque, não encontrava espaço para rematar com sucesso, porque os sudaneses continuaram a defender-se bem até ao fim da primeira parte.

 

UMA CORRERIA DEBALDE


Pareceu-nos que os sudaneses tivessem colhido as melhores ilações para a segunda parte, pois em oito minutos tiveram resposta aos seus anseios, quando Francis aproveita o deslize da defensiva e faz o 1-0. Aliás, o sinal havia sido dado logo no reatamento do jogo, quando Nadir venceu em velocidade Zabula, em mais um contra-ataque, e vendo Pinto ligeiramente adiantado dos postes projectou o esférico com medida para o encaixe, mas o “keeper” foi à altura de alcançá-lo.

 

Minuto depois, a defensiva “locomotiva” perdeu o esférico na área e este chegou ao “capitão” Hamuda, porém não teve jeito e nem medida. O remate foi às alturas.

 

Estes acontecimentos não justificavam, porém, o domínio do Al Ahly Shandi sobre o Ferroviário. Mas sim, a capacidade dos sudaneses tirarem proveito das falhas do adversário e a sua visão na abordagem do jogo, que lhes proporcionava a possibilidade de reagir às circunstâncias da partida. O segredo continuou a consistir no seu sistema defensivo.

 

O Ferroviário correu que se fartou, mudando de um flanco para outro, mas sem solução. Acelerou a marcha, com a defensiva a subir mais no terreno para reforçar as manobras ofensivas, mas nada resultava. Nacir Armando foi mexendo no xadrez e a equipa foi elevando o caudal ofensivo, mas nada surtia o efeito desejado.

 

Nem o milagroso ponta-de-lança Clésio conseguiu trazer a solução, apesar da entrega desmedida.

Com o andar do tempo, o Al Ahly Shandi ficou completamente confinado ao seu reduto, reagindo apenas em contra-ataque, pois o Ferroviário subia em massa, ensaiando toda táctica possível. Imo foi um caso notável na ofensiva, mas os seus tiros saíam fracos e não atinou com a baliza nalguns lances de bola parada.

 

Buramo e Manucho estiveram igualmente na “quebrada” infrutífera. O primeiro desferiu um tiro que passou escassos centímetros do travessão, aos 73 minutos. Antes havia igualmente falhado por pouco o alvo, ao desviar um lançamento longo de cabeça quase a roçar o poste.

No entanto, o pior desperdício pertenceu a Imo que, assistido por Tó de cabeça e na boca da baliza, prendeu o esférico ao invés de fazer a tabela para o golo, aos 75 minutos.

 

Dai para a frente, assistiu-se a uma luta inglória “locomotiva” até ao fim dos 90 minutos regulamentares.

O árbitro da partida, Joshua Bondo, não foi isento de erros, mas não esteve mal.

 

FICHA TÉCNICA


Quarteto de arbitragem do Botswana, liderado por Joshua Bondo. Meshacie Medupi e Moemedi Monaianane foram o primeiro e segundo auxiliares. O quarto árbitro foi Omphile Phuthego.

 

FERROVIÁRIO – Pinto; Butana, Zabula, Chico e Vling (Diogo); Rachid (Tó), Tchitcho, Buramo e Imo; Manucho e Clésio.

 

AL AHLY SHANDI – Abou Baharam; Sadam, Malik, Anur e Faris (Francis); Zacario Nacio; Bachir, Hamuda (Walid) e Razak; Faris e Nadir (Mussa).

 

DISCIPLINA: cartolina amarela a Razak.

  • Salvador Nhantumbo

 

 

Fonte.Jornal Noticias

Maxaquene irreconhecível

Maxaquene vs Desportivo

O MAXAQUENE está irreconhecível neste início do Moçambola. Decorridas que foram as duas primeiras jornadas ainda não saboreou a vitória. Depois de ter empatado, em casa, na ronda inaugural, com a recém-promovida formação do Ferroviário de Pemba, ontem, novamente no seu reduto, perdeu com o Desportivo, por 0-1, somando apenas um ponto até aqui.

 

O Desportivo, por sua vez, está imparável e ontem somou a sua segunda vitória e já vai à frente na classificação, isolado com seis pontos, podendo apenas ser alcançado pelo Ferroviário de Maputo caso vença quarta-feira em Xinavane, ao Incomáti.

 

Entretanto, este Moçambola está bastante carente de golos. Os avançados demonstram uma gritante falta de atracção pela baliza. Isso ficou visível nos jogos do fim-de-semana em que foram apontados apenas três tentos, dois no sábado e apenas um ontem.

 

Mesmo assim, à excepção do Desportivo, que já vai isolado na liderança, as restantes equipas continuam com diferença pontual mínima. O Ferroviário de Nampula, que joga quarta-feira com a Liga Muçulmana, é a única equipa que ainda não pontuou.

 

 

Fonte:Jornal Noticias

Liga Muçulmana, 2 - Dynamos FC,2 : Empate com sabor amargo

Dynamos do Zimbabwe

O EMPATE a duas bolas obtido pela Liga Muçulmana frente ao Dynamos do Zimbabwe teve um sabor amargo, isto porque ficaram por marcar mais golos, sobretudo na segunda parte, período em que o campeão nacional deixou de respeitar em demasia a formação zimbabweana e passou a acreditar mais no seu potencial.

 

Ouso afirmar que se a Liga não tivesse levado tanto em consideração a superioridade do palmarés e até de experiência do panorama futebolístico continental do Dynamos, outro galo teria cantado.  Aliás, o facto de Semedo ter apresentado um “onze” sem nenhuma referência de ataque e ter optado por povoar o meio-campo reflecte, por si só, o receio existente.

 

No entanto, contra todas as dificuldades que podiam advir da ausência dos chamados “artilheiros”, a Liga, na sequência de um pontapé de canto, criou uma situação flagrante de golo e esteve bem perto de inaugurar o marcador, aos seis minutos, quando Carlitos desferiu um cabeceamento forte e colocado, valeu a intervenção do guarda-redes zimbabweano.

 

Este lance veio apenas disfarçar a falta de um verdadeiro homem de área já que daí para a frente a Liga não conseguiu criar uma situação de ataque digna de registo pese embora os “muçulmanos” tenham ficado a pedir uma grande penalidade, quanto a nós existente, visto que Magaripo terá metido mão à bola após centro de Telinho.

 

Telinho que mostrava ser o homem de ataque agressivo voltou a estar em evidência aos 19 minutos quando rematou forte com o “keeper” contrário a desviar com uma palmada para canto.

 

Contrariamente à Liga, o Dynamos procurava jogar na defensiva, explorando ao máximo os pontos fraco da defensiva contrária. E foi propriamente num deslize da equipa muçulmana que o Dynamos chegou ao golo, aos 21 minutos, por intermédio de Chinyama. O avançado, tira proveito da falha de marcação da defesa muçulmana, com espaço livre pela frente galga alguns metros até tirar Nelinho do caminho e dar o toque vitorioso.

 

Os forasteiros cresceram e aos 26 minutos poderiam ter dilatado a vantagem, mas Nelinho teve uma excelente defesa.

Neste período, ficou evidente que era preciso mexer na equipa muçulmana para dar à volta ao marcador e a solução passava claramente por reforçar o ataque, embora Telinho e Muandro tentassem remar contra a sólida defesa zimbabweana.

 

Foi preciso esperar quase 20 minutos para ver um remate da Liga, outra vez por Telinho. Mas como o futebol não é uma ciência exacta e por vezes acontecem coisas inesperadas foi no mais “morto” período do encontro que a Liga chegou ao golo em cima dos 45 minutos. O médio mostrou ter faro de golo ao aproveitar um mau alívio da defesa contrária – mesmo em cima da linha – após cabeceamento de Muandro.

 

A Liga chegava ao empate na melhor jogada de encontro onde é de assinalar a abertura fantástica de Carlitos para Cantona executar um cruzamento milimétrico com Muandro a subir ao “primeiro andar” a cabecear colocado pena mesmo é que a defesa do Dynamos tenha rechaçado, mas não conseguiu evitar a recarga vitoriosa de Telinho.

 

O golo apareceu em bom momento, visto que veio dar alento aos comandados de Artur Semedo para etapa complementar.

Já com Reginaldo na equipa, que entrou para o lugar de Cantona, a Liga foi mais atrevida no ataque fazendo antever uma segunda parte triunfal. Mas sofreu um grande balde água fria quando estavam jogados 49 minutos com Chinyama a desferir um remate portentoso não dando quaisquer chances de defesa a Nelinho.

 

A Liga respondeu de pronto com um remate de Telinho. No seguimento da jogada, foi Nelson a cabecear por cima da trave. Estes lances galvanizaram o campeão nacional e aos 73 minutos, voltou a gritar-se golo. Muandro respondeu com categoria a um cruzamento de Nelson e restabeleceu a igualdade (2-2). Um resultado que já se justificava dado o ascendente atacante da Liga e as oportunidades de golo criadas.  

Aos 84 minutos, Sonito, que também já tinha entrado para o lugar de Carlitos, “roubou” a bola a Mbava e já na zona da meia-lua rematou para uma defesa arrojada do “keeper” zimbabweano.

Antes disso, Reginaldo tinha criado apuros junto a baliza de Arupon.

O árbitro do encontro, o namibiano Rainhold Shikongo, realizou um trabalho aceitável.

 

FICHA TÉCNICA


ÁRBITRO: Rainhold Shikongo, auxiliado por David Shaanika e Simson Shahunga. Quarto árbitro: Alex Tiyeho

LIGA MUÇULMANA: Nelinho; Aguiar, Mayunda, Kalima e Mustafa; Zé Luís, Carlitos (Sonito), Muandro, Cantona (Nelson) e Micas (Reginaldo); Telinho.

 

DYNAMOS FC: Washington Arupon; Dario Kutyauripo, Augustine Mbava, George Magaripo e Patson; Leo Kurauzivione (Mutuma), Devon Chafi (Mukapa), Tawanda Muparati (Chafa) e Martin Vengesai; Denver Mukamba e Takesure Chinyama. 

 

DISCIPLINA: Cartão amarelo para Kalima e Dario Kutyauripo, Makopa e Denver Mukamba.

 

GOLOS: Chinyama (21 e 49 min), Telinho (45 min) e Muandro (73 min).
  • Ivo Tavares

 

Fonte:Jornal Noticias

Resultados e classificação

moçambola

Costa do Sol-Chibuto               (1-0)

Chingale-Fer.Beira                   (0-0)

Têxtil do Púnguè-HCB (0-0)

Maxaquene-Desportivo            (0-1)

Vilankulo-Fer. Pemba               (1-0)

 

 

CLASSIFICAÇÃO ACTUAL


                                       J            V              E             D               B           P

DESPORTIVO           2          2          0          0          2-0       6

HCB                       2          1          1          0          1-0       4

Vilankulo FC            2          1          1          0          1-0       4

Costa do Sol            2          1          0          1          1-1       3

Ferroviário                1          1          0          0          1-0       3

Chingale                  2          0          2          0          1-1       2

Fer. da Beira             2          0          2          0          0-0       2

Chibuto                    2          0          1          1          1-2       1

Fer. de Pemba           2          0          1          1          0-1       1

Incomáti                    1          0          1          0          0-0       1

Liga Muçulmana         1          0          1          0          0-0       1

Maxaquene                2          0          1          1          0-1       1

Têxtil do Púnguè        2          0          1          1          0-1       1

Fer. de Nampula         1          0          0          1          0-1       0 

Jogos em atraso (quarta-feira,  28.03)

 

Campo 25 de Junho

 

 

15.30h – Fer.Nampula-Liga Muçulmana

 

Campo do Incomáti

 

 

15.30h – Incomáti-Fer.Maputo

 

 

Fonte:Jornal Noticias

Representantes moçambicanos derrapam!

 

 

OS representantes moçambicanos nas Afrotaças, nomeadamente Liga Muçulmana e Ferroviário de Maputo derraparam na primeira “mão” da primeira eliminatória das Afrotaças.

 
Mesmo a jogar em casa, a Liga Muçulmana, para a Liga dos Campeões, não foi para além de uma igualdade a dois golos perante o Dynamos do Zimbabwe. O Ferroviário, esse foi pior, porque consentiu uma derrota, por uma bola sem concorrência, frente ao Al Ahly do Sudão, em pleno Estádio Nacional do Zimpeto.
As contas para as duas equipas nacionais ficaram bastante complicadas para os embates da segunda “mão” em que têm obrigatoriamente que superar os desfechos de sábado. Os “muçulmanos” têm que empatar por mais de dois golos ou vencerem pela margem mínima se quiserem continuar nas competições africanas.
Os “locomotivas”, por sua vez, só lhes valerá a vitória por mais de um tento. Porém, pela avaliação feita sábado, tanto uma como a outra equipa tem possibilidades de transitar à etapa seguinte, bastando para isso jogar o tudo por tudo, apesar de se reconhecer que será uma missão bastante difícil. 
Fonte:Jornal Noticias