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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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IX FESTIVAL NACIONAL DOS JOGOS DESPORTIVOS ESCOLARES - Manica quebra expectativas e confirma-se grande vencedor

Delegação de Manica, rainha dos jogos Escolares
JÁ se prognosticava, durante as finais do fim-de-semana, que Manica seria vencedora absoluta do IX Festival Nacional dos Jogos Desportivos Escolares e a confirmação foi feita ontem no encerramento do evento, no Estádio 1º de Maio, em Lichinga, quando a organização anunciou os resultados oficiais perante uma moldura humana maioritariamente dominada pelos jovens atletas das 11 províncias do país e crianças de escolas locais, que coloriram o recinto com os seus trajes característicos.

A cerimónia de encerramento foi dirigida pelo ministro da Educação e Cultura, Aires Aly, acompanhado pelo governador da província, Arnaldo Bimbe, e contemplou ainda várias actividades culturais e ginástica massiva, exibidas pela pequenada.

Entretanto, as contas que efectuámos domingo nas sete modalidades que corporizaram o evento já davam a indicação de que Manica estava em vantagem relativamente aos seus principais adversários na luta pela conquista do evento, nomeadamente Zambézia e cidade de Maputo, que foram ao Niassa como principais favoritos.

Porém, Manica veio ao de cima e impôs-se nas meias-finais. Na hora da verdade demonstrou maturidade e sabedoria, aplicando o golpe de misericórdia contra todos os prognósticos feitos.

Aliás, a consagração de Manica como vencedor aguardava apenas pelo desfecho das contas no atletismo, feitas ao longo da noite de domingo. Nesta modalidade a província do centro do país partilhou o domínio com o Niassa, sendo que obteve o título em femininos enquanto os anfitriões confirmavam a sua hegemonia em masculinos.

Com este desfecho, Manica acabou reunindo maior número de títulos/medalhas de ouro (cinco) na contagem geral, pois ganhou no futebol masculino, basquetebol, voleibol e xadrez femininos. Esteve igualmente próxima do ouro em voleibol e atletismo masculinos, competições nas quais fixou-se em segundo lugar, respectivamente atrás da Zambézia e do Niassa. Onde não se fez sentir o seu peso foi na modalidade de andebol, em que esteve fora das finais e nem sequer transitou da fase preliminar.

C. DE MAPUTO E ZAMBÉZIA FICARAM-SE PELOS PROGNÓSTICOS

Como já nos referimos, Zambézia e Maputo-Cidade eram, à partida, vistas como principais favoritas ao trono. Contudo, destas apenas a província do centro do país se revelou maior concorrente à conquista das várias modalidades, a começar pelo futebol, indo para o basquetebol e às outras modalidades colectivas.

Porém, contra todas as expectativas, a Zambézia foi cometendo infantilidades que mereceram mão à palmatória, ao ceder espaço a selecções como Manica, começando pela queda na final de futebol masculino, depois de dominar completamente uma das séries, curiosamente com concorrentes mais cotados. Manica destacou-se na outra série e, no derradeiro jogo, superou a Zambézia já na ponta final do jogo, vencendo por 2-1.

A esta queda juntaram-se outras no basquetebol e xadrez femininos, modalidades nas quais perdeu novamente nas finais com Manica, por 51-53 e 0-1, respectivamente. Quedou-se igualmente na final de andebol masculino com Maputo-Cidade, perdendo desta feita a hegemonia que detinha a favor de Manica.

Manica foi determinante na hora das grandes decisões, devido ao o espírito de equipa e inter-ajuda que revelou na sua forma de actuação nas diversas modalidades. Foi este segredo, associado à disciplina, que levou as selecções do planalto de Manica a conquistarem o pódio, que perseguiam desde a última edição, realizada na Zambézia em 2007, na qual fixaram-se em segundo lugar na classificação geral.

Por seu turno, Maputo-Cidade deixou os seus créditos por mãos alheias e perdeu assim a luta pela defesa do título, como vencedor absoluto, do festival realizado em Quelimane.

Obteve piores classificações em futebol e teve a maior decepção na final de basquetebol masculina, na qual não conseguiu assegurar a vantagem que detinha na ponta final da partida, abrindo espaço para que Zambézia invertesse a vantagem a seu favor nos últimos segundos (81-82). Foi um golpe difícil de digerir e não faltaram lágrimas aos maputenses, que com este resultado foram relegados na contagem global. Este resultado foi muito útil para Zambézia, que assim conseguiu um precioso segundo lugar, salvando a sua honra.

A sua história no nono festival resumiu-se a andebol masculino e ginástica, modalidades nas quais esteve no pódio. Para além do segundo lugar em basquetebol masculino, Maputo-Cidade foi segundo e terceiro em voleibol feminino e masculino, respectivamente.

NIASSA DÁ SALTO SIGNIFICATIVO

As indicações preliminares afastavam a hipótese do Niassa estar próximo dos lugares cimeiros, depois de não conseguir transitar das fases de apuramento na maior parte das modalidades. Contudo, a sorte esteve do seu lado e o seu destino começou a ser definido quando conseguiu o apuramento à final feminina de futebol, na qual venceu Gaza na marcação de grandes penalidades, depois de uma igualdade de duas bolas no tempo regulamentar.

Mas, na verdade, foi o atletismo que catapultou os anfitriões para o digno quarto lugar na contagem global, melhorando seis vezes a prestação que registou em Quelimane, ou seja o penúltimo lugar. A isto junta-se o terceiro lugar no xadrez feminino.

Quelimane obteve piores classificações em futebol e teve a maior decepção na final de basquetebol masculina
EM 2011 NA PROVÍNCIA DO MAPUTO

A PROVÍNCIA do Maputo será palco da próxima edição do Festival Nacional dos Jogos Desportivos Escolares, segundo deu a conhecer o Ministro da Educação e Cultura, Aires Aly, durante o discurso de encerramento do evento que vinha decorrendo do dia 10 até ontem em Lichinga.

Aires Aly disse na ocasião que Maputo-província foi o único concorrente, mas como manda a regra o festival é guiado pelo princípio de rotatividade entre as regiões do país.

A cidade de Maputo é a que mais edições acolheu desde a independência, nomeadamente a primeira edição, em 1978, a segunda em 1980, a terceira em 1982 e a quarta em 1998. Sofala, Nampula, Inhambane, Zambézia e finalmente Niassa acolheram as outras edições, respectivamente em 2001, 2003, 2005, 2007 e 2009.

CLASSIFICAÇÃO GERAL

PROVÍNCIA PONTUAÇÃO

MANICA 117

Zambézia 97

Maputo-Cidade 88

Niassa 79

Inhambane 78

Nampula 73

Maputo-Província 70

Sofala 60

Gaza 59

Tete 56

Cabo Delgado 27

Salvador Nhantumbo, em Lichinga

IX FESTIVAL NACIONAL DOS JOGOS DESPORTIVOS ESCOLARES - Manica quebra expectativas e confirma-se grande vencedor

Delegação de Manica, rainha dos jogos Escolares
JÁ se prognosticava, durante as finais do fim-de-semana, que Manica seria vencedora absoluta do IX Festival Nacional dos Jogos Desportivos Escolares e a confirmação foi feita ontem no encerramento do evento, no Estádio 1º de Maio, em Lichinga, quando a organização anunciou os resultados oficiais perante uma moldura humana maioritariamente dominada pelos jovens atletas das 11 províncias do país e crianças de escolas locais, que coloriram o recinto com os seus trajes característicos.

A cerimónia de encerramento foi dirigida pelo ministro da Educação e Cultura, Aires Aly, acompanhado pelo governador da província, Arnaldo Bimbe, e contemplou ainda várias actividades culturais e ginástica massiva, exibidas pela pequenada.

Entretanto, as contas que efectuámos domingo nas sete modalidades que corporizaram o evento já davam a indicação de que Manica estava em vantagem relativamente aos seus principais adversários na luta pela conquista do evento, nomeadamente Zambézia e cidade de Maputo, que foram ao Niassa como principais favoritos.

Porém, Manica veio ao de cima e impôs-se nas meias-finais. Na hora da verdade demonstrou maturidade e sabedoria, aplicando o golpe de misericórdia contra todos os prognósticos feitos.

Aliás, a consagração de Manica como vencedor aguardava apenas pelo desfecho das contas no atletismo, feitas ao longo da noite de domingo. Nesta modalidade a província do centro do país partilhou o domínio com o Niassa, sendo que obteve o título em femininos enquanto os anfitriões confirmavam a sua hegemonia em masculinos.

Com este desfecho, Manica acabou reunindo maior número de títulos/medalhas de ouro (cinco) na contagem geral, pois ganhou no futebol masculino, basquetebol, voleibol e xadrez femininos. Esteve igualmente próxima do ouro em voleibol e atletismo masculinos, competições nas quais fixou-se em segundo lugar, respectivamente atrás da Zambézia e do Niassa. Onde não se fez sentir o seu peso foi na modalidade de andebol, em que esteve fora das finais e nem sequer transitou da fase preliminar.

C. DE MAPUTO E ZAMBÉZIA FICARAM-SE PELOS PROGNÓSTICOS

Como já nos referimos, Zambézia e Maputo-Cidade eram, à partida, vistas como principais favoritas ao trono. Contudo, destas apenas a província do centro do país se revelou maior concorrente à conquista das várias modalidades, a começar pelo futebol, indo para o basquetebol e às outras modalidades colectivas.

Porém, contra todas as expectativas, a Zambézia foi cometendo infantilidades que mereceram mão à palmatória, ao ceder espaço a selecções como Manica, começando pela queda na final de futebol masculino, depois de dominar completamente uma das séries, curiosamente com concorrentes mais cotados. Manica destacou-se na outra série e, no derradeiro jogo, superou a Zambézia já na ponta final do jogo, vencendo por 2-1.

A esta queda juntaram-se outras no basquetebol e xadrez femininos, modalidades nas quais perdeu novamente nas finais com Manica, por 51-53 e 0-1, respectivamente. Quedou-se igualmente na final de andebol masculino com Maputo-Cidade, perdendo desta feita a hegemonia que detinha a favor de Manica.

Manica foi determinante na hora das grandes decisões, devido ao o espírito de equipa e inter-ajuda que revelou na sua forma de actuação nas diversas modalidades. Foi este segredo, associado à disciplina, que levou as selecções do planalto de Manica a conquistarem o pódio, que perseguiam desde a última edição, realizada na Zambézia em 2007, na qual fixaram-se em segundo lugar na classificação geral.

Por seu turno, Maputo-Cidade deixou os seus créditos por mãos alheias e perdeu assim a luta pela defesa do título, como vencedor absoluto, do festival realizado em Quelimane.

Obteve piores classificações em futebol e teve a maior decepção na final de basquetebol masculina, na qual não conseguiu assegurar a vantagem que detinha na ponta final da partida, abrindo espaço para que Zambézia invertesse a vantagem a seu favor nos últimos segundos (81-82). Foi um golpe difícil de digerir e não faltaram lágrimas aos maputenses, que com este resultado foram relegados na contagem global. Este resultado foi muito útil para Zambézia, que assim conseguiu um precioso segundo lugar, salvando a sua honra.

A sua história no nono festival resumiu-se a andebol masculino e ginástica, modalidades nas quais esteve no pódio. Para além do segundo lugar em basquetebol masculino, Maputo-Cidade foi segundo e terceiro em voleibol feminino e masculino, respectivamente.

NIASSA DÁ SALTO SIGNIFICATIVO

As indicações preliminares afastavam a hipótese do Niassa estar próximo dos lugares cimeiros, depois de não conseguir transitar das fases de apuramento na maior parte das modalidades. Contudo, a sorte esteve do seu lado e o seu destino começou a ser definido quando conseguiu o apuramento à final feminina de futebol, na qual venceu Gaza na marcação de grandes penalidades, depois de uma igualdade de duas bolas no tempo regulamentar.

Mas, na verdade, foi o atletismo que catapultou os anfitriões para o digno quarto lugar na contagem global, melhorando seis vezes a prestação que registou em Quelimane, ou seja o penúltimo lugar. A isto junta-se o terceiro lugar no xadrez feminino.

Quelimane obteve piores classificações em futebol e teve a maior decepção na final de basquetebol masculina
EM 2011 NA PROVÍNCIA DO MAPUTO

A PROVÍNCIA do Maputo será palco da próxima edição do Festival Nacional dos Jogos Desportivos Escolares, segundo deu a conhecer o Ministro da Educação e Cultura, Aires Aly, durante o discurso de encerramento do evento que vinha decorrendo do dia 10 até ontem em Lichinga.

Aires Aly disse na ocasião que Maputo-província foi o único concorrente, mas como manda a regra o festival é guiado pelo princípio de rotatividade entre as regiões do país.

A cidade de Maputo é a que mais edições acolheu desde a independência, nomeadamente a primeira edição, em 1978, a segunda em 1980, a terceira em 1982 e a quarta em 1998. Sofala, Nampula, Inhambane, Zambézia e finalmente Niassa acolheram as outras edições, respectivamente em 2001, 2003, 2005, 2007 e 2009.

CLASSIFICAÇÃO GERAL

PROVÍNCIA PONTUAÇÃO

MANICA 117

Zambézia 97

Maputo-Cidade 88

Niassa 79

Inhambane 78

Nampula 73

Maputo-Província 70

Sofala 60

Gaza 59

Tete 56

Cabo Delgado 27

Salvador Nhantumbo, em Lichinga

MUNDIAL DE HÓQUEI ESPANHA 2009 - Valeu, mas valemos mais!

A MANUTENÇÃO era o mínimo que Moçambique poderia ter logrado garantir no Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins do Grupo A, disputado recentemente nas cidades espanholas de Vigo e Pontevedra, depois de frustrado o sonho de alcançar os quartos-de-final. Mas ficou a impressão de que valemos muito mais.

Selecção Nacional de hóquei em patins
Temos hóquei natural e tradição, precisamos é de trabalhar seriamente na preparação e remover as quezílias que, infelizmente, insistem em coexistir na relação entre jogadores e dirigentes, devido à alegada má compensação financeira aos atletas.


Estes desentendimentos terão contribuído em grande para tão nefasta exibição do combinado nacional diante da Alemanha (2-7), que deitou abaixo a possibilidade de pelo menos igualar o feito de Montreux-2007 – a nona posição. Foi surpreendente a forma como perdemos com os germânicos. Aliás, pessoas doutros países ficaram boquiabertas quando souberam que Moçambique tinha perdido por números tão desnivelados. “Ó 'kambas' (irmãos), como perderam desta forma com a Alemanha”? Eram os angolanos a questionar.

Quem está por fora e não conhece as dificuldades que o combinado nacional vive, desde a preparação para o Campeonato do Mundo, iniciada um mês e meio antes, tendo incluído duas semanas na Catalunha, quando por exemplo Angola esteve seis meses a preparar-se e a participar em grandes torneios internacionais, pode perceber por que razão caímos sem honra nem glória frente aos alemães, quando em Montreux havíamos ganho por 3-2.

Ó DINHEIRO!...

Mas não foi só por termos sido, quiçá, a última selecção a iniciar a preparação que pecámos. Falhámos em momentos cruciais. Tínhamos assegurado a manutenção com uma vitória convincente diante da Holanda por 3-0, e tudo indicava ser o início de uma caminhada triunfal para uma melhor classificação. Porém, na manhã que antecedeu o embate com Alemanha, houve “bulha” no seio da selecção, com os atletas a reclamarem prémios de jogo, uma situação que desmoralizou por completo o grupo, embora, mesmo assim, se tenha reerguido no derradeiro desafio, frente à Colômbia, com uma vitória por 3-0.

Situações como esta têm que acabar, pois têm, frequentemente, manchado a nossa participação nos “Mundiais”. É que, desta forma, muito dificilmente podemos pensar em voos para além da manutenção. Aliás, ousamos até afirmar que, se este cenário prevalecer, corremos o risco de descer para o Grupo B – o que seria frustrante se tal acontecesse na nossa casa.

Em Vigo, depois da derrota na estreia diante da toda-poderosa Espanha, empatámos com Angola, numa exibição de encher o olho. Após esse empate, ainda se sonhava com os almejados quartos-de-final, embora tal não dependesse só de nós. Tínhamos que vencer Colômbia por 5-0 e esperar que Angola fosse goleada pela Espanha pelos menos por 0-4. Infelizmente, empatámos a zero e os angolanos perderam tangencialmente por 2-3.

RENÚNCIA DOS ADRIÃO

O “Mundial” de Vigo trouxe um problema que, caso não se trabalhe seriamente na exponenciação de novos jogadores, pode ser de difícil resolução. É que os primos Nuno e Bruno Adrião renunciaram à selecção e em 2011 já não farão parte da equipa.

O guarda-redes Nuno revelou-se, desde que se estreou na selecção moçambicana, no “Mundial” de Réus-99, como uma peça fundamental, enquanto Bruno desempenha o papel de líder e tem uma grande experiência.

A renúncia dos primos Adrião pode ser solucionada com a integração de quatro atletas que jogam em Portugal e já identificados por José Carlos, conselheiro técnico da selecção, e até 2011 serão observados pelo treinador espanhol José Barberá, caso se confirme a sua continuidade.

Em relação à prestação dos jogadores, há também a destacar dois que foram de um rendimento regular: José Soares e Kiko, que, sempre que foram chamados para as quatro linhas, deram o máximo de si e justificaram a titularidade. Há ainda Maninho e Mafamba, os mais novos da equipa, que, se trabalharem mais afincadamente, podem ser úteis à selecção.

Este é, portanto, um colectivo de valor, onde a juventude se alia à experiência de Bruno Pimentel, José Soares, Siga e Paulo Pereira, tendo acabado por cumprir o principal objectivo, a manutenção, mas que pode dar muito mais.

Ivo Tavares

MUNDIAL DE HÓQUEI ESPANHA 2009 - Valeu, mas valemos mais!

A MANUTENÇÃO era o mínimo que Moçambique poderia ter logrado garantir no Campeonato do Mundo de Hóquei em Patins do Grupo A, disputado recentemente nas cidades espanholas de Vigo e Pontevedra, depois de frustrado o sonho de alcançar os quartos-de-final. Mas ficou a impressão de que valemos muito mais.

Selecção Nacional de hóquei em patins
Temos hóquei natural e tradição, precisamos é de trabalhar seriamente na preparação e remover as quezílias que, infelizmente, insistem em coexistir na relação entre jogadores e dirigentes, devido à alegada má compensação financeira aos atletas.


Estes desentendimentos terão contribuído em grande para tão nefasta exibição do combinado nacional diante da Alemanha (2-7), que deitou abaixo a possibilidade de pelo menos igualar o feito de Montreux-2007 – a nona posição. Foi surpreendente a forma como perdemos com os germânicos. Aliás, pessoas doutros países ficaram boquiabertas quando souberam que Moçambique tinha perdido por números tão desnivelados. “Ó 'kambas' (irmãos), como perderam desta forma com a Alemanha”? Eram os angolanos a questionar.

Quem está por fora e não conhece as dificuldades que o combinado nacional vive, desde a preparação para o Campeonato do Mundo, iniciada um mês e meio antes, tendo incluído duas semanas na Catalunha, quando por exemplo Angola esteve seis meses a preparar-se e a participar em grandes torneios internacionais, pode perceber por que razão caímos sem honra nem glória frente aos alemães, quando em Montreux havíamos ganho por 3-2.

Ó DINHEIRO!...

Mas não foi só por termos sido, quiçá, a última selecção a iniciar a preparação que pecámos. Falhámos em momentos cruciais. Tínhamos assegurado a manutenção com uma vitória convincente diante da Holanda por 3-0, e tudo indicava ser o início de uma caminhada triunfal para uma melhor classificação. Porém, na manhã que antecedeu o embate com Alemanha, houve “bulha” no seio da selecção, com os atletas a reclamarem prémios de jogo, uma situação que desmoralizou por completo o grupo, embora, mesmo assim, se tenha reerguido no derradeiro desafio, frente à Colômbia, com uma vitória por 3-0.

Situações como esta têm que acabar, pois têm, frequentemente, manchado a nossa participação nos “Mundiais”. É que, desta forma, muito dificilmente podemos pensar em voos para além da manutenção. Aliás, ousamos até afirmar que, se este cenário prevalecer, corremos o risco de descer para o Grupo B – o que seria frustrante se tal acontecesse na nossa casa.

Em Vigo, depois da derrota na estreia diante da toda-poderosa Espanha, empatámos com Angola, numa exibição de encher o olho. Após esse empate, ainda se sonhava com os almejados quartos-de-final, embora tal não dependesse só de nós. Tínhamos que vencer Colômbia por 5-0 e esperar que Angola fosse goleada pela Espanha pelos menos por 0-4. Infelizmente, empatámos a zero e os angolanos perderam tangencialmente por 2-3.

RENÚNCIA DOS ADRIÃO

O “Mundial” de Vigo trouxe um problema que, caso não se trabalhe seriamente na exponenciação de novos jogadores, pode ser de difícil resolução. É que os primos Nuno e Bruno Adrião renunciaram à selecção e em 2011 já não farão parte da equipa.

O guarda-redes Nuno revelou-se, desde que se estreou na selecção moçambicana, no “Mundial” de Réus-99, como uma peça fundamental, enquanto Bruno desempenha o papel de líder e tem uma grande experiência.

A renúncia dos primos Adrião pode ser solucionada com a integração de quatro atletas que jogam em Portugal e já identificados por José Carlos, conselheiro técnico da selecção, e até 2011 serão observados pelo treinador espanhol José Barberá, caso se confirme a sua continuidade.

Em relação à prestação dos jogadores, há também a destacar dois que foram de um rendimento regular: José Soares e Kiko, que, sempre que foram chamados para as quatro linhas, deram o máximo de si e justificaram a titularidade. Há ainda Maninho e Mafamba, os mais novos da equipa, que, se trabalharem mais afincadamente, podem ser úteis à selecção.

Este é, portanto, um colectivo de valor, onde a juventude se alia à experiência de Bruno Pimentel, José Soares, Siga e Paulo Pereira, tendo acabado por cumprir o principal objectivo, a manutenção, mas que pode dar muito mais.

Ivo Tavares

Mambas de novo em acção

A SELECÇÃO Nacional de Futebol realiza esta tarde, a partir das 15:00 horas, no campo do Costa do Sol, mais uma sessão semanal das três previstas para o mês em curso, tendo em perspectiva o desafio amigável agendado para 12 de Agosto, em Maputo, diante do Zimbabwe ou da Namíbia.

 A selecção de futebol moçambicana  Mambas

Nesta fase, destinada aos futebolistas que actuam no Moçambola, os trabalhos dos Mambas visam, essencialmente, afinar a máquina para o grandioso desafio contra o Quénia, previsto para 6 de Setembro, no Estádio da Machava, a contar para a quarta jornada do Grupo B de qualificação para CAN e Mundial de 2010.

Vinte e três jogadores trabalham desde há duas semanas às ordens de Mart Nooij, numa lista em que fazem parte os seguintes atletas:

Ferroviário – Tony Gravata, Whisky, Danito Parruque, Momed Hagy, Maurício, Faife, Mendes, Luís e Jerry

Costa do Sol – Alvarito, Josimar, Ruben, Antoninho e Mambo

Liga Muçulmana – Fanuel, Binó, Carlitos e Lamá

Desportivo – Nelinho e Mexer

Maxaquene – Campira, Mustafá e Hélder Pelembe

Mambas de novo em acção

A SELECÇÃO Nacional de Futebol realiza esta tarde, a partir das 15:00 horas, no campo do Costa do Sol, mais uma sessão semanal das três previstas para o mês em curso, tendo em perspectiva o desafio amigável agendado para 12 de Agosto, em Maputo, diante do Zimbabwe ou da Namíbia.

 A selecção de futebol moçambicana  Mambas

Nesta fase, destinada aos futebolistas que actuam no Moçambola, os trabalhos dos Mambas visam, essencialmente, afinar a máquina para o grandioso desafio contra o Quénia, previsto para 6 de Setembro, no Estádio da Machava, a contar para a quarta jornada do Grupo B de qualificação para CAN e Mundial de 2010.

Vinte e três jogadores trabalham desde há duas semanas às ordens de Mart Nooij, numa lista em que fazem parte os seguintes atletas:

Ferroviário – Tony Gravata, Whisky, Danito Parruque, Momed Hagy, Maurício, Faife, Mendes, Luís e Jerry

Costa do Sol – Alvarito, Josimar, Ruben, Antoninho e Mambo

Liga Muçulmana – Fanuel, Binó, Carlitos e Lamá

Desportivo – Nelinho e Mexer

Maxaquene – Campira, Mustafá e Hélder Pelembe

JOGOS DA LUSOFONIA - Até Goa em 2012!

A SEGUNDA edição dos Jogos da Lusofonia lá se foi. Lisboa ficou para a história. O novo encontro será em Goa (Índia), em 2012

Imagem Corporativa dos 2º.s Jogos da Lusofonia
O testemunho foi passado na noite de domingo no acto do encerramento desta edição, na praia de Santo Amaro (Oeiras), perante milhares de pessoas que assistiram ao epílogo deste evento dominado por Brasil e Portugal, com Angola a ser o melhor posicionado dos africanos.

Os participantes pegaram um susto durante os jogos. A Gripe A chegou a criar algum pânico no seio dos 1300 atletas presentes nestes jogos acompanhados por centenas de técnicos, dirigentes e pessoal auxiliar, porque efectivamente a epidemia está arrasadora em todo mundo, sobretudo em Portugal, onde os números de infectados sobem de forma galopante a cada dia que passa. A ausência do público nos campos do jogo, até certa medida, deveu-se a este factor: saúde.

Só do pessoal afecto aos jogos, foram detectados quatro casos, sendo três atletas e um voluntário. Os dois primeiros a serem diagnosticados a infecção pelo vírus de H1N1 foram brasileiros e depois um português, voluntário, e por último um cabo-verdiano de taekwondo, por sinal, onde Moçambique conquistou uma medalha de prata, perdendo a final a favor de Portugal.

Foram dias difíceis para todos presentes nesta edição, pois, apesar de medidas rigorosas de controlo, a epidemia vai causando vítimas não só em Portugal, mas em todo o mundo.

Porém, tudo terminou bem. Os quatro infectados receberam tratamento médico e registaram melhorias, mas passaram por um grande susto, uma vez que foram isolados do seu meio de convívio, recebendo visitas restritas como forma de evitar novos contágios.

As pessoas com quem conviveram antes de lhes ser diagnosticadas o vírus, por questões de segurança, também receberam tratamento médico.

BRASIL DEMOLIDOR

O Brasil dominou esta segunda edição dos Jogos da Lusofonia, apesar de Portugal ter apostado tudo para terminar em primeiro lugar, na qualidade de anfitrião. No total foram 75 medalhas (33 de ouro, 22 de prata e 20 de bronze) conquistadas pelos brasileiros durante os cerca de 20 dias do evento. Os portugueses contentaram-se com 71 (25 de ouro, 33 de prata e 13 de bronze). A maioria destas insígnias foi conseguida no atletismo e noutras modalidades individuais.

Os dois países, para além de terem tido o maior número de representantes em cada especialidade, apresentaram atletas de excelente qualidade técnica, o que lhes permitir dominar todos os jogos e colocarem nas suas vitrinas as medalhas mais preciosas, tal como é o ouro!

Dos países africanos, Angola foi a melhor qualificada com 14 medalhas (quatro de ouro, duas de prata e oito de bronze). São Tomé e Cabo Verde ainda ficaram em cima de Moçambique com sete (uma de ouro, uma de prata e cinco de prata) e seis (uma de ouro, uma de prata e quatro de bronze). Aliás, os são-tomenses empataram com a Índia no quadro total de medalhas.

Moçambique, como já fizemos referência, não foi para além do nono lugar com apenas quatro medalhas e sem aquele peso para superar os restantes países, pois foram duas de prata e igual número de bronze.

Gil Carvalho, em Lisboa

JOGOS DA LUSOFONIA - Até Goa em 2012!

A SEGUNDA edição dos Jogos da Lusofonia lá se foi. Lisboa ficou para a história. O novo encontro será em Goa (Índia), em 2012

Imagem Corporativa dos 2º.s Jogos da Lusofonia
O testemunho foi passado na noite de domingo no acto do encerramento desta edição, na praia de Santo Amaro (Oeiras), perante milhares de pessoas que assistiram ao epílogo deste evento dominado por Brasil e Portugal, com Angola a ser o melhor posicionado dos africanos.

Os participantes pegaram um susto durante os jogos. A Gripe A chegou a criar algum pânico no seio dos 1300 atletas presentes nestes jogos acompanhados por centenas de técnicos, dirigentes e pessoal auxiliar, porque efectivamente a epidemia está arrasadora em todo mundo, sobretudo em Portugal, onde os números de infectados sobem de forma galopante a cada dia que passa. A ausência do público nos campos do jogo, até certa medida, deveu-se a este factor: saúde.

Só do pessoal afecto aos jogos, foram detectados quatro casos, sendo três atletas e um voluntário. Os dois primeiros a serem diagnosticados a infecção pelo vírus de H1N1 foram brasileiros e depois um português, voluntário, e por último um cabo-verdiano de taekwondo, por sinal, onde Moçambique conquistou uma medalha de prata, perdendo a final a favor de Portugal.

Foram dias difíceis para todos presentes nesta edição, pois, apesar de medidas rigorosas de controlo, a epidemia vai causando vítimas não só em Portugal, mas em todo o mundo.

Porém, tudo terminou bem. Os quatro infectados receberam tratamento médico e registaram melhorias, mas passaram por um grande susto, uma vez que foram isolados do seu meio de convívio, recebendo visitas restritas como forma de evitar novos contágios.

As pessoas com quem conviveram antes de lhes ser diagnosticadas o vírus, por questões de segurança, também receberam tratamento médico.

BRASIL DEMOLIDOR

O Brasil dominou esta segunda edição dos Jogos da Lusofonia, apesar de Portugal ter apostado tudo para terminar em primeiro lugar, na qualidade de anfitrião. No total foram 75 medalhas (33 de ouro, 22 de prata e 20 de bronze) conquistadas pelos brasileiros durante os cerca de 20 dias do evento. Os portugueses contentaram-se com 71 (25 de ouro, 33 de prata e 13 de bronze). A maioria destas insígnias foi conseguida no atletismo e noutras modalidades individuais.

Os dois países, para além de terem tido o maior número de representantes em cada especialidade, apresentaram atletas de excelente qualidade técnica, o que lhes permitir dominar todos os jogos e colocarem nas suas vitrinas as medalhas mais preciosas, tal como é o ouro!

Dos países africanos, Angola foi a melhor qualificada com 14 medalhas (quatro de ouro, duas de prata e oito de bronze). São Tomé e Cabo Verde ainda ficaram em cima de Moçambique com sete (uma de ouro, uma de prata e cinco de prata) e seis (uma de ouro, uma de prata e quatro de bronze). Aliás, os são-tomenses empataram com a Índia no quadro total de medalhas.

Moçambique, como já fizemos referência, não foi para além do nono lugar com apenas quatro medalhas e sem aquele peso para superar os restantes países, pois foram duas de prata e igual número de bronze.

Gil Carvalho, em Lisboa