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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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MOÇAMBOLA-2009 - Ferroviário e Liga descolam

O FERROVIÁRIO de Maputo e a Liga Muçulmana, com seis pontos cada, assumiram isolados o comando do Moçambola-2009, após a conclusão da segunda jornada da primeira volta.

Dário Chissano e Hélder Pelembe num despique interessante (C. Bila)

Os “locomotivas” venceram ontem à tarde o Maxaquene, por uma bola sem resposta, enquanto a Liga derrotava sábado o rival Atlético, por 2-0. Coincidentemente, as duas equipas marcaram até ao momento três golos cada e ainda não sofreram nenhum. Assim, o Ferroviário assume-se, mais uma vez, sério candidato ao título. Aliás, é o actual detentor do troféu.

Entretanto, ontem foi um dia especial para o Textáfrica e HCB, que conseguiram, em casa, as primeiras vitórias na prova. Os pupilos de Mussá Osman receberam e bateram o Ferroviário da Beira, por 1-0, e os “fabris” do Planalto de Chimoio derrotaram o Chingale, também pelo mesmo “score”. Dos chamados grandes da prova, realça-se o empate arrancado pelo Desportivo no terreno sempre difícil do Ferroviário de Nampula, sem abertura de contagem, o mesmo resultado registou-se na tarde de sábado no confronto entre o Matchedje e o Costa do Sol.

Quem decepcionou foi o FC Lichinga, que no seu terreno consentiu um empate a um golo. Como já o dissemos, o Ferroviário e a Liga vão à frente com seis pontos. Segue-se um outro duo constituído pelo Costa do Sol e Desportivo com quatro pontos.

O Maxaquene, Ferroviário da Beira, HCB, Textáfrica e Atlético têm três cada, enquanto o FC Lichinga, Ferroviário de Nacala, Matchedje e Ferroviário de Nampula contam com apenas um ponto. O Chingale é o “lanterna vermelha” ainda sem nenhum ponto.

A próxima jornada, portanto a terceira, vai ser ainda mais “quente”, com destaque para a deslocação do Maxaquene a Nampula, onde lhe aguarda o Ferroviário local, enquanto o Ferroviário de Maputo, Costa do Sol, Liga Muçulmana e Desportivo jogam em casa, recebendo respectivamente o Textáfrica, HCB, FC Lichinga e Ferroviário de Nacala. O Matchedje e Atlético Muçulmana jogam fora de portas. Os “militares” vão à Tete e os “ muçulmanos” à Beira

MOÇAMBOLA-2009 - Ferroviário e Liga descolam

O FERROVIÁRIO de Maputo e a Liga Muçulmana, com seis pontos cada, assumiram isolados o comando do Moçambola-2009, após a conclusão da segunda jornada da primeira volta.

Dário Chissano e Hélder Pelembe num despique interessante (C. Bila)

Os “locomotivas” venceram ontem à tarde o Maxaquene, por uma bola sem resposta, enquanto a Liga derrotava sábado o rival Atlético, por 2-0. Coincidentemente, as duas equipas marcaram até ao momento três golos cada e ainda não sofreram nenhum. Assim, o Ferroviário assume-se, mais uma vez, sério candidato ao título. Aliás, é o actual detentor do troféu.

Entretanto, ontem foi um dia especial para o Textáfrica e HCB, que conseguiram, em casa, as primeiras vitórias na prova. Os pupilos de Mussá Osman receberam e bateram o Ferroviário da Beira, por 1-0, e os “fabris” do Planalto de Chimoio derrotaram o Chingale, também pelo mesmo “score”. Dos chamados grandes da prova, realça-se o empate arrancado pelo Desportivo no terreno sempre difícil do Ferroviário de Nampula, sem abertura de contagem, o mesmo resultado registou-se na tarde de sábado no confronto entre o Matchedje e o Costa do Sol.

Quem decepcionou foi o FC Lichinga, que no seu terreno consentiu um empate a um golo. Como já o dissemos, o Ferroviário e a Liga vão à frente com seis pontos. Segue-se um outro duo constituído pelo Costa do Sol e Desportivo com quatro pontos.

O Maxaquene, Ferroviário da Beira, HCB, Textáfrica e Atlético têm três cada, enquanto o FC Lichinga, Ferroviário de Nacala, Matchedje e Ferroviário de Nampula contam com apenas um ponto. O Chingale é o “lanterna vermelha” ainda sem nenhum ponto.

A próxima jornada, portanto a terceira, vai ser ainda mais “quente”, com destaque para a deslocação do Maxaquene a Nampula, onde lhe aguarda o Ferroviário local, enquanto o Ferroviário de Maputo, Costa do Sol, Liga Muçulmana e Desportivo jogam em casa, recebendo respectivamente o Textáfrica, HCB, FC Lichinga e Ferroviário de Nacala. O Matchedje e Atlético Muçulmana jogam fora de portas. Os “militares” vão à Tete e os “ muçulmanos” à Beira

MOÇAMBOLA-2009 - Chaga “tricolor” na estreia do novo campo!

À estreia, habitualmente se liga o sucesso.

O Maxaquene, que desde ontem transitou da Baixa da capital do país para Machava, na província do Maputo, passando a ocupar o campo que pertencia ao Atlético Muçulmano, sinceramente que se preparou para ser o principal protagonista na festa da estreia do novo recinto, que coincidiu com o primeiro “derby” do Moçambola-2009

Tudo fez para oferecer a necessária alegria e bem-estar aos seus adeptos, porém, foi perseguido pela chaga, que começou a partir do momento em que, aos 45 minutos, o ponta-de-lança “locomotiva” Luís apontou, primorosamente, o tento solitário do triunfo da sua equipa e se acentuou no segundo tempo, altura em que teve o domínio completo dos acontecimentos.

Numa partida a todos os títulos extraordinária, o campeão Ferroviário de Maputo fez jus à vitória, pois no período em que o jogo lhe era favorável não somente soube chegar ao golo como também se revelou mais prático em todos os sentidos, numa tarde em que a festa do futebol, essa, foi intensamente vivida no novo palco dos “tricolores”.

Resumidamente, foi assim o clássico da segunda jornada do Campeonato Nacional de Futebol, que conheceu também um outro desafio entre dois rivais: Atlético Muçulmano e Liga Muçulmana, com vitória destes últimos por duas bolas sem resposta, golos da autoria de Carlitos.

Ferroviário e Liga Muçulmana, os únicos com dois triunfos, seguem à frente na tabela classificativa com seis pontos cada. Visitando o Matchedje no Estádio da Machava, o Costa do Sol não foi além da igualdade sem abertura de contagem, o mesmo “score” obtido pelo Desportivo na sua deslocação ao terreno do Ferroviário de Nampula.

Das formações de Tete, enquanto o novo primodivisionário Grupo Desportivo da HCB de Songo se estreou a ganhar, derrotando o Ferroviário da Beira por 1-0, o Chingale baqueou na Soalpo, diante do Textáfrica, pelo mesmo resultado de um-zero. No Estádio Municipal 1º de Maio, o final da partida foi um autêntico balde de águia fria para o FC Lichinga, pois o Ferroviário de Nacala fez o 1-1 precisamente ao apagar das luzes.

Na classificação, a seguir aos comandantes encontram-se Costa do Sol e Desportivo com quatro pontos; Maxaquene, Ferroviário da Beira, HCB de Songo, Textáfrica e Atlético Muçulmano três; FC Lichinga, Ferroviário de Nacala, Matchedje e Ferroviário de Nampula um; e Chingale zero.

No próximo fim-de-semana realiza-se a segunda jornada, comportando os encontros Ferroviário de Maputo-Textáfrica (sábado), Ferroviário de Nampula-Maxaquene, Chingale-Matchedje, Costa do Sol-HCB, Ferroviário da Beira-Atlético Muçulmano, Liga Muçulmana-FC Lichinga e Desportivo-Ferroviário de Nacala (domingo).

MOÇAMBOLA-2009 - Chaga “tricolor” na estreia do novo campo!

À estreia, habitualmente se liga o sucesso.

O Maxaquene, que desde ontem transitou da Baixa da capital do país para Machava, na província do Maputo, passando a ocupar o campo que pertencia ao Atlético Muçulmano, sinceramente que se preparou para ser o principal protagonista na festa da estreia do novo recinto, que coincidiu com o primeiro “derby” do Moçambola-2009

Tudo fez para oferecer a necessária alegria e bem-estar aos seus adeptos, porém, foi perseguido pela chaga, que começou a partir do momento em que, aos 45 minutos, o ponta-de-lança “locomotiva” Luís apontou, primorosamente, o tento solitário do triunfo da sua equipa e se acentuou no segundo tempo, altura em que teve o domínio completo dos acontecimentos.

Numa partida a todos os títulos extraordinária, o campeão Ferroviário de Maputo fez jus à vitória, pois no período em que o jogo lhe era favorável não somente soube chegar ao golo como também se revelou mais prático em todos os sentidos, numa tarde em que a festa do futebol, essa, foi intensamente vivida no novo palco dos “tricolores”.

Resumidamente, foi assim o clássico da segunda jornada do Campeonato Nacional de Futebol, que conheceu também um outro desafio entre dois rivais: Atlético Muçulmano e Liga Muçulmana, com vitória destes últimos por duas bolas sem resposta, golos da autoria de Carlitos.

Ferroviário e Liga Muçulmana, os únicos com dois triunfos, seguem à frente na tabela classificativa com seis pontos cada. Visitando o Matchedje no Estádio da Machava, o Costa do Sol não foi além da igualdade sem abertura de contagem, o mesmo “score” obtido pelo Desportivo na sua deslocação ao terreno do Ferroviário de Nampula.

Das formações de Tete, enquanto o novo primodivisionário Grupo Desportivo da HCB de Songo se estreou a ganhar, derrotando o Ferroviário da Beira por 1-0, o Chingale baqueou na Soalpo, diante do Textáfrica, pelo mesmo resultado de um-zero. No Estádio Municipal 1º de Maio, o final da partida foi um autêntico balde de águia fria para o FC Lichinga, pois o Ferroviário de Nacala fez o 1-1 precisamente ao apagar das luzes.

Na classificação, a seguir aos comandantes encontram-se Costa do Sol e Desportivo com quatro pontos; Maxaquene, Ferroviário da Beira, HCB de Songo, Textáfrica e Atlético Muçulmano três; FC Lichinga, Ferroviário de Nacala, Matchedje e Ferroviário de Nampula um; e Chingale zero.

No próximo fim-de-semana realiza-se a segunda jornada, comportando os encontros Ferroviário de Maputo-Textáfrica (sábado), Ferroviário de Nampula-Maxaquene, Chingale-Matchedje, Costa do Sol-HCB, Ferroviário da Beira-Atlético Muçulmano, Liga Muçulmana-FC Lichinga e Desportivo-Ferroviário de Nacala (domingo).

MOÇAMBOLA-2009 - Maxaquene, 0-Ferroviário, 1 : Na tarde do grande clássico vénia à classe dos artistas

A precisamente duas semanas para a memorável tarde que se augura venha a acontecer no Estádio da Machava, quando os “Mambas” receberem a poderosa selecção da Nigéria, o primeiro “derby” do Moçambola-2009, ontem à tarde, foi uma magnífica propaganda do nosso futebol.

jumisse

Tanto do ponto de vista de presença do público, que encheu o novo campo dos “tricolores”(ex-Atlético Muçulmano), como do comportamento dos artistas, cuja classe merece a nossa vénia, num clássico em que o pragmatismo do Ferroviário, nomeadamente no decurso do primeiro tempo, acabou fazendo a diferença, através de um estupendo golo de cabeça do ponta-de-lança Luís. Ao Maxaquene, dono e senhor dos acontecimentos na etapa complementar, para além da sorte, faltou a acutilância e a capacidade de aproveitamento dos melhores lances ofensivos, tal como soube fazer, por exemplo, o seu oponente.

Na estreia do novo Estádio do Maxaquene, localizado na mesma Machava que o Ferroviário conhece muito bem, nada melhor que uma partida da estirpe destes dois rivais, em que a combinação do bom e do muito bom esteve sempre presente, apesar do desnecessário concerto, nalgumas ocasiões, do árbitro Estêvão Matsinhe, quebrando desse modo o ritmo alucinante e agradável da contenda.

Actuando com a mesma disposição táctica de 4x4x2, era de adivinhar que a sorte do jogo fosse essencialmente decidida na zona nevrálgica, isto é, do lado onde os homens da intermediária conseguissem ser mais astutos e desequilibrassem os pratos da balança. “A priori”, o Ferroviário desfrutava de alguma vantagem, face à abundância da qualidade neste sector, embora ontem, por exemplo, o carregador de piano Danito Parruque, colocado na ala esquerda, tenha tido uma produção muitos furos abaixo da sua bitola.

EM CENA NOVOS “TIGRES”

Mesmo assim, os campeões nacionais conseguiram brilhar e, neste caso, a inteligência de Paulo Camargo merece a necessária ressalva: o técnico brasileiro, ao invés do habitual, colocou no banco unidades nucleares como Whisky e Maurício, o “homem dos livres”, lançando no onze inicial jovens como Butana, Dário Chissano e Tchaka, qualquer deles a fazer uma partida fenomenal. Na frente atacante, o irrequieto Jerry e o perspicaz Luís obrigavam a defesa maxaquenense a suar às estopinhas, com constantes mudanças de velocidade e de flanco, baralhando assim os opositores.

Bem, muito bem também, a diferença entre “tricolores” e “locomotivas” residia fundamentalmente na atitude dos intermediários. Enquanto uns, os do Ferroviário, eram mais práticos e sobretudo eficientes no auxílio aos colegas da ofensiva, outros, os do Maxaquene, actuavam com alguma morosidade e pouco decididos a sair com o esférico em condições de provocar desequilíbrios na retaguarda contrária. Resultado: Eurico e Hélder Pelembe eram praticamente homens sós perante a preciosidade na combinação entre os centrais Tony e Jotamo, bem acompanhados por Butana e Fred.

Os guarda-redes de ambos os times eram obrigados a uma árdua missão, sobretudo o “tricolor” Soarito. Praticamente em cima do intervalo, o Ferroviário traduz em golo a sua supremacia atacante. O lance é extraordinariamente executado pelo lado direito e com apenas três intervenientes: Tony efectua um passe longo para a corrida de Tchaka, que quase chega à bola ao mesmo tempo que Artur Faria, mas, mais lesto, o “locomotiva” consegue um cruzamento primoroso para um magnífico cabeceamento de Luís, de costas para a baliza, para desespero de Soarito

GRANDE MAXAQUENE!

Liberty

Diferente, completamente diferente, foi a segunda etapa do encontro. A inversão dos papéis foi uma realidade e, aí, o grande Maxaquene efectivamente se mostrou. Quando Litos trocou o veterano e imprescindível Macamito pelo novato Eusébio, terá ficado a sensação de que o treinador português não dispunha de soluções para dar a volta aos acontecimentos. Puro engano! A opção do “mister” foi superiormente conseguida, pois a sua equipa assumiu os cordelinhos do desafio e quase subjugou o adversário.

Com as alas a funcionarem plenamente e um meio-campo mais consistente e uma grande visão ofensiva, através de Eusébio, Jumisse, Kito – que substituiu Artur Faria, lesionado com alguma gravidade no olho e consequentemente levado ao hospital – e arte de Liberty, o Maxaquene assediou a baliza à guarda de Pinto, que efectuou múltiplas defesas de grande categoria.

É verdade que, em determinados momentos, os “tricolores” se deslumbravam devido ao facto de tudo lhes sair a contento e aí acumulavam falhas infantis, mas, na globalidade, tinham o jogo sob o seu comando, só que a penetração na área contrária mostrava-se extremamente difícil. O Ferroviário adoptou a defesa à zona, concentrando todos os seus homens em redor da linha da grande área.

Ora, somente o tecnicismo ou repentinas desmarcações poderiam ludibriar a vigilância montada pelos campeões à volta da sua defesa. Não acontecendo isso, a preferência eram os remates à distância, agora também em acção Hélder Cuinica, mas a encontrar o guarda-redes Pinto numa tarde de grande inspiração.

Reduzidos ao papel defensivo, os “locomotivas” saíam esporadicamente e nem sequer tiveram espaço para aproveitar a manha de Artur Manhiça. Para o Maxaquene, o derradeiro apito do juiz da partida foi um autêntico murro no estômago, pois o cheiro a golo ganhava mais intensidade. Para o Ferroviário, um verdadeiro alívio, face ao suplício a que estavam sujeitos.

Para quê tanto apito desnecessário, senhor Estêvão Matsinhe? Na primeira parte o concerto do árbitro foi bastante incomodativo, mesmo reconhecendo legalidade nalgumas decisões, até porque os “tricolores” foram incompreensivelmente bastante faltosos. Apesar de tudo, no global, o árbitro mais regular do último Moçambola esteve bem.

FICHA DO JOGO

Árbitro: Estêvão Matsinhe, coadjuvado por Célio Mugabe e Arsénio Marrengula. Quarto árbitro: João Armando

MAXAQUENE – Soarito; Mustafá, Campira, Artur Faria (Kito) e Kiki; Narciso, Macamito (Eusébio), Liberty e Jumisse; Eurico e Hélder Pelembe (Hélder Cuinica);

FERROVIÁRIO – Pinto; Butana, Jotamo, Tony e Fred (Zabula); Dário, Tchaka, Momed Hagy e Danito Parruque; Jerry (Joca) e Luís (Artur Manhiça);

Acção disciplinar: cartão amarelo para Artur Faria, Fred e Momed Hagy

Golo: 0-1, Luís, aos 45 minutos.

Alexandre Zandamela

MOÇAMBOLA-2009 - Maxaquene, 0-Ferroviário, 1 : Na tarde do grande clássico vénia à classe dos artistas

A precisamente duas semanas para a memorável tarde que se augura venha a acontecer no Estádio da Machava, quando os “Mambas” receberem a poderosa selecção da Nigéria, o primeiro “derby” do Moçambola-2009, ontem à tarde, foi uma magnífica propaganda do nosso futebol.

jumisse

Tanto do ponto de vista de presença do público, que encheu o novo campo dos “tricolores”(ex-Atlético Muçulmano), como do comportamento dos artistas, cuja classe merece a nossa vénia, num clássico em que o pragmatismo do Ferroviário, nomeadamente no decurso do primeiro tempo, acabou fazendo a diferença, através de um estupendo golo de cabeça do ponta-de-lança Luís. Ao Maxaquene, dono e senhor dos acontecimentos na etapa complementar, para além da sorte, faltou a acutilância e a capacidade de aproveitamento dos melhores lances ofensivos, tal como soube fazer, por exemplo, o seu oponente.

Na estreia do novo Estádio do Maxaquene, localizado na mesma Machava que o Ferroviário conhece muito bem, nada melhor que uma partida da estirpe destes dois rivais, em que a combinação do bom e do muito bom esteve sempre presente, apesar do desnecessário concerto, nalgumas ocasiões, do árbitro Estêvão Matsinhe, quebrando desse modo o ritmo alucinante e agradável da contenda.

Actuando com a mesma disposição táctica de 4x4x2, era de adivinhar que a sorte do jogo fosse essencialmente decidida na zona nevrálgica, isto é, do lado onde os homens da intermediária conseguissem ser mais astutos e desequilibrassem os pratos da balança. “A priori”, o Ferroviário desfrutava de alguma vantagem, face à abundância da qualidade neste sector, embora ontem, por exemplo, o carregador de piano Danito Parruque, colocado na ala esquerda, tenha tido uma produção muitos furos abaixo da sua bitola.

EM CENA NOVOS “TIGRES”

Mesmo assim, os campeões nacionais conseguiram brilhar e, neste caso, a inteligência de Paulo Camargo merece a necessária ressalva: o técnico brasileiro, ao invés do habitual, colocou no banco unidades nucleares como Whisky e Maurício, o “homem dos livres”, lançando no onze inicial jovens como Butana, Dário Chissano e Tchaka, qualquer deles a fazer uma partida fenomenal. Na frente atacante, o irrequieto Jerry e o perspicaz Luís obrigavam a defesa maxaquenense a suar às estopinhas, com constantes mudanças de velocidade e de flanco, baralhando assim os opositores.

Bem, muito bem também, a diferença entre “tricolores” e “locomotivas” residia fundamentalmente na atitude dos intermediários. Enquanto uns, os do Ferroviário, eram mais práticos e sobretudo eficientes no auxílio aos colegas da ofensiva, outros, os do Maxaquene, actuavam com alguma morosidade e pouco decididos a sair com o esférico em condições de provocar desequilíbrios na retaguarda contrária. Resultado: Eurico e Hélder Pelembe eram praticamente homens sós perante a preciosidade na combinação entre os centrais Tony e Jotamo, bem acompanhados por Butana e Fred.

Os guarda-redes de ambos os times eram obrigados a uma árdua missão, sobretudo o “tricolor” Soarito. Praticamente em cima do intervalo, o Ferroviário traduz em golo a sua supremacia atacante. O lance é extraordinariamente executado pelo lado direito e com apenas três intervenientes: Tony efectua um passe longo para a corrida de Tchaka, que quase chega à bola ao mesmo tempo que Artur Faria, mas, mais lesto, o “locomotiva” consegue um cruzamento primoroso para um magnífico cabeceamento de Luís, de costas para a baliza, para desespero de Soarito

GRANDE MAXAQUENE!

Liberty

Diferente, completamente diferente, foi a segunda etapa do encontro. A inversão dos papéis foi uma realidade e, aí, o grande Maxaquene efectivamente se mostrou. Quando Litos trocou o veterano e imprescindível Macamito pelo novato Eusébio, terá ficado a sensação de que o treinador português não dispunha de soluções para dar a volta aos acontecimentos. Puro engano! A opção do “mister” foi superiormente conseguida, pois a sua equipa assumiu os cordelinhos do desafio e quase subjugou o adversário.

Com as alas a funcionarem plenamente e um meio-campo mais consistente e uma grande visão ofensiva, através de Eusébio, Jumisse, Kito – que substituiu Artur Faria, lesionado com alguma gravidade no olho e consequentemente levado ao hospital – e arte de Liberty, o Maxaquene assediou a baliza à guarda de Pinto, que efectuou múltiplas defesas de grande categoria.

É verdade que, em determinados momentos, os “tricolores” se deslumbravam devido ao facto de tudo lhes sair a contento e aí acumulavam falhas infantis, mas, na globalidade, tinham o jogo sob o seu comando, só que a penetração na área contrária mostrava-se extremamente difícil. O Ferroviário adoptou a defesa à zona, concentrando todos os seus homens em redor da linha da grande área.

Ora, somente o tecnicismo ou repentinas desmarcações poderiam ludibriar a vigilância montada pelos campeões à volta da sua defesa. Não acontecendo isso, a preferência eram os remates à distância, agora também em acção Hélder Cuinica, mas a encontrar o guarda-redes Pinto numa tarde de grande inspiração.

Reduzidos ao papel defensivo, os “locomotivas” saíam esporadicamente e nem sequer tiveram espaço para aproveitar a manha de Artur Manhiça. Para o Maxaquene, o derradeiro apito do juiz da partida foi um autêntico murro no estômago, pois o cheiro a golo ganhava mais intensidade. Para o Ferroviário, um verdadeiro alívio, face ao suplício a que estavam sujeitos.

Para quê tanto apito desnecessário, senhor Estêvão Matsinhe? Na primeira parte o concerto do árbitro foi bastante incomodativo, mesmo reconhecendo legalidade nalgumas decisões, até porque os “tricolores” foram incompreensivelmente bastante faltosos. Apesar de tudo, no global, o árbitro mais regular do último Moçambola esteve bem.

FICHA DO JOGO

Árbitro: Estêvão Matsinhe, coadjuvado por Célio Mugabe e Arsénio Marrengula. Quarto árbitro: João Armando

MAXAQUENE – Soarito; Mustafá, Campira, Artur Faria (Kito) e Kiki; Narciso, Macamito (Eusébio), Liberty e Jumisse; Eurico e Hélder Pelembe (Hélder Cuinica);

FERROVIÁRIO – Pinto; Butana, Jotamo, Tony e Fred (Zabula); Dário, Tchaka, Momed Hagy e Danito Parruque; Jerry (Joca) e Luís (Artur Manhiça);

Acção disciplinar: cartão amarelo para Artur Faria, Fred e Momed Hagy

Golo: 0-1, Luís, aos 45 minutos.

Alexandre Zandamela

MOÇAMBOLA-2009 - Matchedje, 0 – Costa do Sol, 0 : Com golos ficava bem

O MATCHEDJE conseguiu o seu primeiro ponto no Moçambola ao empatar, sem golos, na tarde de sábado, no Estádio da Machava, com o Costa do Sol em partida da segunda jornada da primeira volta do Moçambola-2009.

Imagem Corporativa do Clube Costa do Sol de Maputo
Foi uma igualdade que até certo ponto castiga o Costa do Sol que para além de ter tido maior posse de bola foi a equipa que mais se preocupou em conseguir os três pontos do que propriamente os treinados por Nacir Armando que muito cedo passaram a assumir o empate como sendo o resultado menos mau, daí que não poucas vezes fizeram ante jogo e ao que nos pareceu chegaram mesmo a simular faltas e assim “obrigaram” o árbitro do encontro, Bernardino dos Santos, a conceder cerca de oito minutos de compensação.

Vindo de uma derrota na Beira e sabendo que o seu potencial não era igual ao do Costa do Sol, Nacir Armando optou por montar uma equipa que defendia em bloco não abrindo muitos espaços para que Josimar, Ruben ou outro que fosse conseguissem desequilibrar como têm feito normalmente.

Desta forma, os “canarinhos” ressentiram-se disso e tiveram muitas dificuldades para abrir a muralha defensiva e das poucas vezes que ainda o fizeram com alguma inteligência faltou frieza para o toque final, sobretudo por parte de Tό que teve durante o jogo duas situações claras para o golo: a primeira foi aos 36 minutos quando, a passe de Josimar, surgiu isolado, mas sem calma suficiente, permitindo a antecipação de Victor e a segunda, já ao apagar das luzes, quando desperdiçou a última grande oportunidade de golo.

Após receber uma sobra resultante de uma insistência do ataque da sua equipa, o melhor marcador do Moçambola-2007, mesmo isolado, acabou rematando de forma desenquadrada com a baliza de Victor.

Entretanto, apesar de cedo ter demonstrado preocupações marcadamente defensivas, com o tempo os “militares” ainda conseguiram crescer, principalmente na segunda parte e criaram alguns calafrios à defensiva contrária, mas Antoninho teve que estar bastante atento para negar o golo.

A oportunidade mais flagrante foi de Chana, aos 77 minutos, pois ganhou o esférico e deixou Mambo na corrida, só que estranhamente no lugar de continuar a correr parou e depois fez um remate frouxo para Antoninho encaixar. Mas há que realçar igualmente um remate de Cal, aos 39 minuto, que saiu bem fraquinho para Antoninho defender, e um outro de Avu, que saiu ligeiramente por cima da baliza.

O tempo escasseava e João Chissano tentava refrescar a equipa, mas nem Elfídio, que entrou no lugar de Silvério, conseguiu trazer a pontaria que faltava no jogo e assim o nulo acabou sendo o resultado final num jogo em que o Costa do Sol deixou escapar os três pontos que manteriam a liderança ainda que partilhada.

Apesar de em alguns momentos ter sido lento para sancionar as faltas o trabalho da equipa chefiada por Bernardino dos Santos esteve à altura do encontro, mas poderia ter sido melhor.

Ficha técnica

Arbitro: Bernardino dos Santos, auxiliado por Mário Albino e Daniel Calavete.

Quarto árbitro: Filimão Filipe.

Matchedje: Victor, Caló, Casimiro, Cufa e Vasco; João, Zuze (Rogério), Vieira e Silva (Avô); Chana e Paíto (Abdul).

Costa do Sol: Antoninho, João, Jonas, Kito e Nhabanga; Silvério (Elfídio), Josimar, Mambo, Ruben; Marufo (Perry) e Tó.

Acção disciplinar: cartão amarelo para Victor e Chana, do Matchedje, e para To, do Costa do Sol.

ATANÁSIO ZANDAMELA

MOÇAMBOLA-2009 - Matchedje, 0 – Costa do Sol, 0 : Com golos ficava bem

O MATCHEDJE conseguiu o seu primeiro ponto no Moçambola ao empatar, sem golos, na tarde de sábado, no Estádio da Machava, com o Costa do Sol em partida da segunda jornada da primeira volta do Moçambola-2009.

Imagem Corporativa do Clube Costa do Sol de Maputo
Foi uma igualdade que até certo ponto castiga o Costa do Sol que para além de ter tido maior posse de bola foi a equipa que mais se preocupou em conseguir os três pontos do que propriamente os treinados por Nacir Armando que muito cedo passaram a assumir o empate como sendo o resultado menos mau, daí que não poucas vezes fizeram ante jogo e ao que nos pareceu chegaram mesmo a simular faltas e assim “obrigaram” o árbitro do encontro, Bernardino dos Santos, a conceder cerca de oito minutos de compensação.

Vindo de uma derrota na Beira e sabendo que o seu potencial não era igual ao do Costa do Sol, Nacir Armando optou por montar uma equipa que defendia em bloco não abrindo muitos espaços para que Josimar, Ruben ou outro que fosse conseguissem desequilibrar como têm feito normalmente.

Desta forma, os “canarinhos” ressentiram-se disso e tiveram muitas dificuldades para abrir a muralha defensiva e das poucas vezes que ainda o fizeram com alguma inteligência faltou frieza para o toque final, sobretudo por parte de Tό que teve durante o jogo duas situações claras para o golo: a primeira foi aos 36 minutos quando, a passe de Josimar, surgiu isolado, mas sem calma suficiente, permitindo a antecipação de Victor e a segunda, já ao apagar das luzes, quando desperdiçou a última grande oportunidade de golo.

Após receber uma sobra resultante de uma insistência do ataque da sua equipa, o melhor marcador do Moçambola-2007, mesmo isolado, acabou rematando de forma desenquadrada com a baliza de Victor.

Entretanto, apesar de cedo ter demonstrado preocupações marcadamente defensivas, com o tempo os “militares” ainda conseguiram crescer, principalmente na segunda parte e criaram alguns calafrios à defensiva contrária, mas Antoninho teve que estar bastante atento para negar o golo.

A oportunidade mais flagrante foi de Chana, aos 77 minutos, pois ganhou o esférico e deixou Mambo na corrida, só que estranhamente no lugar de continuar a correr parou e depois fez um remate frouxo para Antoninho encaixar. Mas há que realçar igualmente um remate de Cal, aos 39 minuto, que saiu bem fraquinho para Antoninho defender, e um outro de Avu, que saiu ligeiramente por cima da baliza.

O tempo escasseava e João Chissano tentava refrescar a equipa, mas nem Elfídio, que entrou no lugar de Silvério, conseguiu trazer a pontaria que faltava no jogo e assim o nulo acabou sendo o resultado final num jogo em que o Costa do Sol deixou escapar os três pontos que manteriam a liderança ainda que partilhada.

Apesar de em alguns momentos ter sido lento para sancionar as faltas o trabalho da equipa chefiada por Bernardino dos Santos esteve à altura do encontro, mas poderia ter sido melhor.

Ficha técnica

Arbitro: Bernardino dos Santos, auxiliado por Mário Albino e Daniel Calavete.

Quarto árbitro: Filimão Filipe.

Matchedje: Victor, Caló, Casimiro, Cufa e Vasco; João, Zuze (Rogério), Vieira e Silva (Avô); Chana e Paíto (Abdul).

Costa do Sol: Antoninho, João, Jonas, Kito e Nhabanga; Silvério (Elfídio), Josimar, Mambo, Ruben; Marufo (Perry) e Tó.

Acção disciplinar: cartão amarelo para Victor e Chana, do Matchedje, e para To, do Costa do Sol.

ATANÁSIO ZANDAMELA

MOÇAMBOLA-2009 - Fer. de Nampula, 0-Desportivo, 0 : Locais mereciam outra sorte!

NELINHO, o “patrão” do meio-campo “alvi-negro”
SE bem que o empate registado entre o Ferroviário de Nampula e Desportivo de Maputo se possa até certo ponto aceitar, o certo é que o resultado castiga os “locomotivas” locais, que mesmo não tendo pressionado tanto, em relação ao seu oponente, foi a equipa que mais e melhores oportunidades criou e desperdiçou principalmente na segunda parte, daí que merecia outra sorte neste embate que arrastou muita gente da capital do norte para o Estádio 25 de Junho.

Porém, foi a equipa do Desportivo que pressionou durante os primeiros trinta minutos, de tal maneira que ao longo desse período já beneficiava de cinco pontapés de canto contra nenhum dos visitados. Aliás, os treinados por Artur Semedo já deveriam ter aberto o activo logo aos oitos minutos, quando depois de uma jogada de “mestria”, Muandro chuta forte obrigando o guarda-redes contrário a fazer uma defesa difícil.

Os “locomotivas” de Nampula reagiram e poderiam ter chegado ao golo aos quarenta minutos, por intermédio de Leonel, que depois de combinar muito bem com Rafael, incompreensivelmente não conseguiu chutar a bola para a baliza defendida por Jaimito.

Sonho pode tornar-se realidade - esperança do esquerdino Muandro nas AFROTAÇAS
Esta reacção dos visitados terá surtido efeitos desejados, tendo em conta que a partir dela o Ferroviário de Nampula conseguiu “conter” a forte pressão que vinha sendo exercida sobre ele pelo Desportivo. Ou melhor dizendo, equilibrou o desenrolar dos acontecimentos no terreno, factor que foi decisivo para que a primeira parte terminasse empatada.

Já no segundo tempo, o Ferroviário entrou a pressionar e a criar várias oportunidades de golo, numa clara tentativa de chegar ao golo, mas além de o guarda-redes maputense continuar a exibir-se com autoridade, também os falhanços incríveis dos jogadores locais continuaram a “assumir” o protagonismo da partida.

As mutações no xadrez da equipa vieram dar outra dinâmica ao jogo, mas os desperdícios do lado dos “locomotivas” de Nampula, que todavia precisam de muito trabalho para se reencontrarem, nunca foram corrigidos.

Para mais, e diga-se de passagem, o grande falhanço dos treinados por Sérgio Faife aconteceu no minuto 93. É que, depois de um grande trabalho de Nando, cruza com “sabedoria” para Rafael, e este mesmo com a baliza completamente desguarnecida não consegue introduzir a bola, num momento em que já se gritava o golo da vitória.

Do lado da equipa do Desportivo, embora tenha tido o domínio na primeira parte do jogo, no segundo tempo foi a que menos rematou para a baliza contrário. O único remate com certo perigo foi feito pelo Imo, aos 79 minutos.

FICHA TÉCNICA

A equipa de arbitragem chefiada por Hélder Napido, auxiliado por Carlos Nhanengue e Salomão José, não realizou um trabalho que se possa louvar neste jogo.

Ferroviário de Nampula: Zacarias, Matofe, Elídio, Osvaldo, Zuma (Paíto), Zé, Ginho (Samuel), Nando, Marcos, Rafael e Leonel (Amisse).

Desportivo de Maputo: Jaimito, Nelson, Zainadine, Nelinho, Imo, Binó, Isac (Julinho), Muandro, Josué, Mexer e Secanhe.

Mouzinho de Albuquerque

MOÇAMBOLA-2009 - Fer. de Nampula, 0-Desportivo, 0 : Locais mereciam outra sorte!

NELINHO, o “patrão” do meio-campo “alvi-negro”
SE bem que o empate registado entre o Ferroviário de Nampula e Desportivo de Maputo se possa até certo ponto aceitar, o certo é que o resultado castiga os “locomotivas” locais, que mesmo não tendo pressionado tanto, em relação ao seu oponente, foi a equipa que mais e melhores oportunidades criou e desperdiçou principalmente na segunda parte, daí que merecia outra sorte neste embate que arrastou muita gente da capital do norte para o Estádio 25 de Junho.

Porém, foi a equipa do Desportivo que pressionou durante os primeiros trinta minutos, de tal maneira que ao longo desse período já beneficiava de cinco pontapés de canto contra nenhum dos visitados. Aliás, os treinados por Artur Semedo já deveriam ter aberto o activo logo aos oitos minutos, quando depois de uma jogada de “mestria”, Muandro chuta forte obrigando o guarda-redes contrário a fazer uma defesa difícil.

Os “locomotivas” de Nampula reagiram e poderiam ter chegado ao golo aos quarenta minutos, por intermédio de Leonel, que depois de combinar muito bem com Rafael, incompreensivelmente não conseguiu chutar a bola para a baliza defendida por Jaimito.

Sonho pode tornar-se realidade - esperança do esquerdino Muandro nas AFROTAÇAS
Esta reacção dos visitados terá surtido efeitos desejados, tendo em conta que a partir dela o Ferroviário de Nampula conseguiu “conter” a forte pressão que vinha sendo exercida sobre ele pelo Desportivo. Ou melhor dizendo, equilibrou o desenrolar dos acontecimentos no terreno, factor que foi decisivo para que a primeira parte terminasse empatada.

Já no segundo tempo, o Ferroviário entrou a pressionar e a criar várias oportunidades de golo, numa clara tentativa de chegar ao golo, mas além de o guarda-redes maputense continuar a exibir-se com autoridade, também os falhanços incríveis dos jogadores locais continuaram a “assumir” o protagonismo da partida.

As mutações no xadrez da equipa vieram dar outra dinâmica ao jogo, mas os desperdícios do lado dos “locomotivas” de Nampula, que todavia precisam de muito trabalho para se reencontrarem, nunca foram corrigidos.

Para mais, e diga-se de passagem, o grande falhanço dos treinados por Sérgio Faife aconteceu no minuto 93. É que, depois de um grande trabalho de Nando, cruza com “sabedoria” para Rafael, e este mesmo com a baliza completamente desguarnecida não consegue introduzir a bola, num momento em que já se gritava o golo da vitória.

Do lado da equipa do Desportivo, embora tenha tido o domínio na primeira parte do jogo, no segundo tempo foi a que menos rematou para a baliza contrário. O único remate com certo perigo foi feito pelo Imo, aos 79 minutos.

FICHA TÉCNICA

A equipa de arbitragem chefiada por Hélder Napido, auxiliado por Carlos Nhanengue e Salomão José, não realizou um trabalho que se possa louvar neste jogo.

Ferroviário de Nampula: Zacarias, Matofe, Elídio, Osvaldo, Zuma (Paíto), Zé, Ginho (Samuel), Nando, Marcos, Rafael e Leonel (Amisse).

Desportivo de Maputo: Jaimito, Nelson, Zainadine, Nelinho, Imo, Binó, Isac (Julinho), Muandro, Josué, Mexer e Secanhe.

Mouzinho de Albuquerque

MOÇAMBOLA-2009 - Atlético Muçulmano, 0 – Liga Muçulmana, 2 : Carlitos nas brechas

FICOU-SE com tantas dúvidas e até chegou a equacionar-se a possibilidade de o desafio entre o Atlético e a Liga Muçulmana terminar em branco.

Foi mesmo a rachar (F. Laice)
Mas foi puro engano. Dois golpes de belo efeito de Carlitos, aos 68 e 83 minutos, determinaram a vitória da Liga Muçulmana sobre o Atlético, que apareceu em ocasiões oportunas a aproveitar as falhas dos “centrais”.

O jogo esteve durante muito tempo equilibrado, com as oportunidades a serem partilhadas. Mas quem estava em melhores condições para romper a defensiva contrária era a Liga Muçulmana, avaliando pelas pedras de que dispõe no sector ofensivo, nomeadamente os pontas-de-lança Sadomba e Maurício, que tinham nas costas Carlitos e Alvin, como autênticos municiadores de jogo. Alex e Vling impulsionaram as jogadas ofensivas pelas alas.

Enquanto isso, o Atlético tinha em Jojó o único ponta-de-lança de raiz, apoiado por Danito Nhamposse, pela direita, e Eboh, do lado contrário.

O equilíbrio de forças foi evidente. Houve muita disputa de bola no miolo, o que provocou muitos choques. As jogadas de ataque alternavam, daí que se exigia maiores cautelas defensivas em cada lado. Era necessário aproveitar ao máximo as oportunidades que surgissem e quem o conseguiu foi a Liga, naqueles dois lances em que Carlitos apareceu sem oposição a marcar.

O Atlético acabou perdendo no campo da batalha três homens do seu onze inicial, por lesões provocadas pelos constantes choques, isso ainda na primeira parte.

O que acabou influenciando de certo modo o desempenho da equipa, que ficou mais cedo limitada, mas não vacilou: manteve o seu carácter e teve algumas oportunidades que foram desperdiçadas, a começar com aquele desvio torto de Danito Nhamposse, na boca da baliza, aos 65 minutos, a não compensar o excelente trabalho iniciado por Ngoni e que culminou com o centro milimétrico de Jojó. Antes não teve arte e nem engenho, ao atirar para as “nuvens”, após uma tabela com Jojó.

Com este comportamento, o Atlético acabou pagando caro. O primeiro e grande sinal de perigo foi dado pelo próprio autor da vitória da Liga. Carlitos, em peso nas manobras ofensivas da Liga, deu um aviso pouco antes do fim da primeira metade do prélio, com um remate rente ao solo quase a roçar o poste direito da baliza defendida por Leonel.

Veio a segunda parte com a Liga mais flexível nas suas acções ofensivas. Sadomba encetou fugas de um lado para outro à procura de espaço para ludibriar a defensiva do Atlético. E conseguiu fazer belas jogadas, mas que morriam à entrada da grande área, porque o Atlético, tal como a Liga, defendeu-se bem.

Sadomba acabou sendo o homem que teve a iniciativa que culminou com o primeiro golo da Liga. Descaído pela direita e longe da grande área, projectou o esférico para a zona de perigo, que foi devolvido por um contrário para Carlitos, que rapidamente encheu o pé a contar.

Pouco tempo depois, a Liga beneficiou de um livre. Vling bateu de maneira curta para Maninho que, próximo da linha de fundo, cruzou para o “barulho” e novamente a bola sobrou para Carlitos que, sem oposição, escolheu o melhor ângulo.

O Atlético acelerou o ritmo ofensivo, mas o tempo já era escasso.

O trabalho da equipa de arbitragem, liderada por Ainad Ussene, não sofre contestações.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITRO: Ainad Ussene, auxiliado por Adão Chitache e Humberto Pita. O quarto árbitro foi Amosse Lázaro.

ATLÉTICO MUÇULMANO – Leonel, Amad, Zito (Mouca), Baúte e Gito (Nelito); Danito Nhamposse, Dino, Délcio e Manuelito (Ngoni), Jojó e Eboh.

LIGA MUÇULMANA – Binó; Calima, Fanuel, Mack (Suleimane) e Gabito II; Alex (Maninho), Alvin, Carlitos e Vling; Maurício (Chico) e Sadomba.

DISCIPLINA: cartolinas amarelas para Amad e Nelito (Atlético), Calima e Alex (Liga).

Salvador Nhantumbo

MOÇAMBOLA-2009 - Atlético Muçulmano, 0 – Liga Muçulmana, 2 : Carlitos nas brechas

FICOU-SE com tantas dúvidas e até chegou a equacionar-se a possibilidade de o desafio entre o Atlético e a Liga Muçulmana terminar em branco.

Foi mesmo a rachar (F. Laice)
Mas foi puro engano. Dois golpes de belo efeito de Carlitos, aos 68 e 83 minutos, determinaram a vitória da Liga Muçulmana sobre o Atlético, que apareceu em ocasiões oportunas a aproveitar as falhas dos “centrais”.

O jogo esteve durante muito tempo equilibrado, com as oportunidades a serem partilhadas. Mas quem estava em melhores condições para romper a defensiva contrária era a Liga Muçulmana, avaliando pelas pedras de que dispõe no sector ofensivo, nomeadamente os pontas-de-lança Sadomba e Maurício, que tinham nas costas Carlitos e Alvin, como autênticos municiadores de jogo. Alex e Vling impulsionaram as jogadas ofensivas pelas alas.

Enquanto isso, o Atlético tinha em Jojó o único ponta-de-lança de raiz, apoiado por Danito Nhamposse, pela direita, e Eboh, do lado contrário.

O equilíbrio de forças foi evidente. Houve muita disputa de bola no miolo, o que provocou muitos choques. As jogadas de ataque alternavam, daí que se exigia maiores cautelas defensivas em cada lado. Era necessário aproveitar ao máximo as oportunidades que surgissem e quem o conseguiu foi a Liga, naqueles dois lances em que Carlitos apareceu sem oposição a marcar.

O Atlético acabou perdendo no campo da batalha três homens do seu onze inicial, por lesões provocadas pelos constantes choques, isso ainda na primeira parte.

O que acabou influenciando de certo modo o desempenho da equipa, que ficou mais cedo limitada, mas não vacilou: manteve o seu carácter e teve algumas oportunidades que foram desperdiçadas, a começar com aquele desvio torto de Danito Nhamposse, na boca da baliza, aos 65 minutos, a não compensar o excelente trabalho iniciado por Ngoni e que culminou com o centro milimétrico de Jojó. Antes não teve arte e nem engenho, ao atirar para as “nuvens”, após uma tabela com Jojó.

Com este comportamento, o Atlético acabou pagando caro. O primeiro e grande sinal de perigo foi dado pelo próprio autor da vitória da Liga. Carlitos, em peso nas manobras ofensivas da Liga, deu um aviso pouco antes do fim da primeira metade do prélio, com um remate rente ao solo quase a roçar o poste direito da baliza defendida por Leonel.

Veio a segunda parte com a Liga mais flexível nas suas acções ofensivas. Sadomba encetou fugas de um lado para outro à procura de espaço para ludibriar a defensiva do Atlético. E conseguiu fazer belas jogadas, mas que morriam à entrada da grande área, porque o Atlético, tal como a Liga, defendeu-se bem.

Sadomba acabou sendo o homem que teve a iniciativa que culminou com o primeiro golo da Liga. Descaído pela direita e longe da grande área, projectou o esférico para a zona de perigo, que foi devolvido por um contrário para Carlitos, que rapidamente encheu o pé a contar.

Pouco tempo depois, a Liga beneficiou de um livre. Vling bateu de maneira curta para Maninho que, próximo da linha de fundo, cruzou para o “barulho” e novamente a bola sobrou para Carlitos que, sem oposição, escolheu o melhor ângulo.

O Atlético acelerou o ritmo ofensivo, mas o tempo já era escasso.

O trabalho da equipa de arbitragem, liderada por Ainad Ussene, não sofre contestações.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITRO: Ainad Ussene, auxiliado por Adão Chitache e Humberto Pita. O quarto árbitro foi Amosse Lázaro.

ATLÉTICO MUÇULMANO – Leonel, Amad, Zito (Mouca), Baúte e Gito (Nelito); Danito Nhamposse, Dino, Délcio e Manuelito (Ngoni), Jojó e Eboh.

LIGA MUÇULMANA – Binó; Calima, Fanuel, Mack (Suleimane) e Gabito II; Alex (Maninho), Alvin, Carlitos e Vling; Maurício (Chico) e Sadomba.

DISCIPLINA: cartolinas amarelas para Amad e Nelito (Atlético), Calima e Alex (Liga).

Salvador Nhantumbo

MOÇAMBOLA-2009 - Resultados e Classificação

Ferroviário de Nampula – Desportivo 0-0

Maxaquene – Ferroviário de Maputo 0-1

imagem corporativa do moçambola
Textáfrica – Chingale 1-0

Matchedje – Costa do Sol 0-0

HCB – Ferroviário da Beira 1-0

Atlético Muçulmano – Liga Muçulmana 0-2

FC Lichinga – Ferroviário de Nacala 1-1

CLASSIFICAÇÃO

J V E D B P

FERROVIÁRIO DE MAPUTO 2 2 0 0 3-0 6

Liga Muçulmana 2 2 0 0 3-0 6

Costa do Sol 2 1 1 0 3-1 4

Desportivo 2 1 1 0 3-2 4

Maxaquene 2 1 0 1 2-2 3

Ferroviário da Beira 2 1 0 1 1-1 3

HCB 2 1 0 1 1-1 3

Textáfrica 2 1 0 1 2-3 3

Atlético Muçulmano 2 1 0 1 1-2 3

FC Lichinga 2 0 1 1 3-4 1

Ferroviário de Nacala 2 0 1 1 1-2 1

Matchedje 2 0 1 1 0-1 1

Ferroviário de Nampula 2 0 1 1 0-2 1

Chingale 2 0 0 2 1-3 0

PRÓXIMA JORNADA

Ferroviário de Nampula – Maxaquene

Ferroviário de Maputo – Textáfrica

Chingale – Matchedje

Costa do Sol – HCB

Ferroviário da Beira – Atlético Muçulmano

Liga Muçulmana – FC Lichinga

Desportivo – Ferroviário de Nacala

MOÇAMBOLA-2009 - Resultados e Classificação

Ferroviário de Nampula – Desportivo 0-0

Maxaquene – Ferroviário de Maputo 0-1

imagem corporativa do moçambola
Textáfrica – Chingale 1-0

Matchedje – Costa do Sol 0-0

HCB – Ferroviário da Beira 1-0

Atlético Muçulmano – Liga Muçulmana 0-2

FC Lichinga – Ferroviário de Nacala 1-1

CLASSIFICAÇÃO

J V E D B P

FERROVIÁRIO DE MAPUTO 2 2 0 0 3-0 6

Liga Muçulmana 2 2 0 0 3-0 6

Costa do Sol 2 1 1 0 3-1 4

Desportivo 2 1 1 0 3-2 4

Maxaquene 2 1 0 1 2-2 3

Ferroviário da Beira 2 1 0 1 1-1 3

HCB 2 1 0 1 1-1 3

Textáfrica 2 1 0 1 2-3 3

Atlético Muçulmano 2 1 0 1 1-2 3

FC Lichinga 2 0 1 1 3-4 1

Ferroviário de Nacala 2 0 1 1 1-2 1

Matchedje 2 0 1 1 0-1 1

Ferroviário de Nampula 2 0 1 1 0-2 1

Chingale 2 0 0 2 1-3 0

PRÓXIMA JORNADA

Ferroviário de Nampula – Maxaquene

Ferroviário de Maputo – Textáfrica

Chingale – Matchedje

Costa do Sol – HCB

Ferroviário da Beira – Atlético Muçulmano

Liga Muçulmana – FC Lichinga

Desportivo – Ferroviário de Nacala