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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

AFROTAÇAS - África será nossa amiga?


COM a impetuosa contagem decrescente rumo à primeira &mãodos dezasseis-avos-de-final das Afrotaças-2008, a ansiedade vai se apossando dos nossos representantes, que não vêem chegar a hora de entrarem em acção.


Um trabalho árduo, especificamente virado para estas competições, desenvolve-se nas hostes do Ferroviário e do Atlético Muçulmano, que prometem um fim-de-semana arrebatador, quando defrontarem o Kampala City, do Uganda, e o Malanti Chiefs, da Suazilândia. É que, apesar de a avaliação dos adversários partir somente da observação feita no terreno pelos técnicos Paulo Camargo e Arnaldo Salvado, reina no seio das formações moçambicanas um grande optimismo, levando-nos a acreditar que resultados positivos serão conseguidos.


É cedo ainda para vaticinar o desfecho completo da eliminatória em si, considerando que são 180 minutos por disputar, a verdade, porém, manda dizer que o Ferroviário, da Liga dos Campeões, e o Atlético Muçulmano, na Taça CAF, projectam atingir a fase crucial e milionária destas duas provas: a fase de grupos. Os locomotivas, assim como o Costa do Sol, são os times do nosso país que na principal competição africana de clubes já chegaram a essa etapa.

Os verde-e-branco têm estado a treinar todas as tardes, no Estádio da Machava, palco do seu embate de domingo, diante do Kampala City. Tendo em conta as altas temperaturas que se fazem sentir por estas alturas do ano, a estratégia de treinar no período da tarde visa precisamente habituar os atletas ao calor tórrido que irão enfrentar.

Sexta e sábado, as sessões realizar-se-ão no campo do Ferroviário da Baixa, num momento em que o técnico brasileiro Paulo Camargo já deverá ter de cor e salteado os nomes dos jogadores convocados e até do onze que descerá ao relvado sintético do Vale do Infulene.

A preparação dos locomotivas desenrola-se num clima de optimismo, excelente entrega dos jogadores e, acima de tudo, a noção de que estarão perante um conjunto bastante prestigiado no seu país e que estará em Maputo igualmente imbuído pelo espírito de vitória. Daí que, mesmo acreditando no favoritismo que recai sobre si, o campeão moçambicano prefere não embandeirar em arco, mas explorar ao máximo todas as hipóteses que neste momento jogam para o seu lado.

Aliás, mesmo com a integração de novos elementos no plantel, que certamente irão conferir uma importante mais-valia à equipa, a espinha dorsal do Ferroviário mantém-se intacta, isto é, a estrutura base da magnífica formação que em 2008 conquistou o Moçambola está lá presente, sinónimo de que o futebol alegre e envolvente que caracterizou as suas actuações na época passada teremo-lo de volta já a partir de domingo.

Os ugandeses do Kampala City, que estarão entre nós na sua máxima força, chegam a Maputo na sexta-feira. O jogo será dirigido por um trio proveniente do Malawi e o comissário da CAF da Zâmbia. Os bilhetes de ingresso na catedral estarão ao preço de 50 meticais, enquanto os camarotes custarão 100.

ENSAIO FRENTE AOS ANGOLANOS

Depois da participação no torneio promovido por ocasião do primeiro aniversário da Associação dos Treinadores de Futebol de Moçambique, o Atlético Muçulmano efectuou ontem à tarde um ensaio competitivo diante dos angolanos do Bravos do Maquis. Foi uma oportunidade para Arnaldo Salvado observar e avaliar minuciosamente o potencial do seu conjunto, que se estreará no panorama continental, após conquistar a Taça de Moçambique na época transacta.

Novatos nestas lides, os muçulmanos, mesmo assim, não se deixam menosprezar, até porque também os suázis do Malanti Chiefs não possuem qualquer experiência em provas desta índole. Apesar da incógnita quanto ao resultado, o Atlético acredita sem reservas num desfecho favorável, devendo, para tal, tentar tirar partido das possibilidades que se lhe abrem na tarde de sábado, no seu campo.

Os suázis preferem chegar à capital moçambicana já amanhã, para a necessária ambientação. Igualmente da Zâmbia virá o comissário da CAF e os árbitros têm de Madagáscar. No campo do Atlético Muçulmano, será praticado o preço único de 50 meticais.

Recorde-se que, ao abrigo do programa de revitalização do desporto, em particular do futebol, aprovado pelo Governo em Outubro de 2005, no atinente ao apoio dos nossos representantes nas Afrotaças, iniciado em 2006, o Ministério da Juventude e Desportos responsabiliza-se pelo alojamento e alimentação das três partes visitantes: neste caso, equipas do Kampala City e do Malanti Chiefs, alojadas no Hotel Turismo; árbitros no VIP e Comissários da CAF no Avenida. Cabe-lhe ainda o pagamento do quarto árbitro, caso este não seja da cidade de Maputo, assim como o policiamento.

AFROTAÇAS - África será nossa amiga?


COM a impetuosa contagem decrescente rumo à primeira &mãodos dezasseis-avos-de-final das Afrotaças-2008, a ansiedade vai se apossando dos nossos representantes, que não vêem chegar a hora de entrarem em acção.


Um trabalho árduo, especificamente virado para estas competições, desenvolve-se nas hostes do Ferroviário e do Atlético Muçulmano, que prometem um fim-de-semana arrebatador, quando defrontarem o Kampala City, do Uganda, e o Malanti Chiefs, da Suazilândia. É que, apesar de a avaliação dos adversários partir somente da observação feita no terreno pelos técnicos Paulo Camargo e Arnaldo Salvado, reina no seio das formações moçambicanas um grande optimismo, levando-nos a acreditar que resultados positivos serão conseguidos.


É cedo ainda para vaticinar o desfecho completo da eliminatória em si, considerando que são 180 minutos por disputar, a verdade, porém, manda dizer que o Ferroviário, da Liga dos Campeões, e o Atlético Muçulmano, na Taça CAF, projectam atingir a fase crucial e milionária destas duas provas: a fase de grupos. Os locomotivas, assim como o Costa do Sol, são os times do nosso país que na principal competição africana de clubes já chegaram a essa etapa.

Os verde-e-branco têm estado a treinar todas as tardes, no Estádio da Machava, palco do seu embate de domingo, diante do Kampala City. Tendo em conta as altas temperaturas que se fazem sentir por estas alturas do ano, a estratégia de treinar no período da tarde visa precisamente habituar os atletas ao calor tórrido que irão enfrentar.

Sexta e sábado, as sessões realizar-se-ão no campo do Ferroviário da Baixa, num momento em que o técnico brasileiro Paulo Camargo já deverá ter de cor e salteado os nomes dos jogadores convocados e até do onze que descerá ao relvado sintético do Vale do Infulene.

A preparação dos locomotivas desenrola-se num clima de optimismo, excelente entrega dos jogadores e, acima de tudo, a noção de que estarão perante um conjunto bastante prestigiado no seu país e que estará em Maputo igualmente imbuído pelo espírito de vitória. Daí que, mesmo acreditando no favoritismo que recai sobre si, o campeão moçambicano prefere não embandeirar em arco, mas explorar ao máximo todas as hipóteses que neste momento jogam para o seu lado.

Aliás, mesmo com a integração de novos elementos no plantel, que certamente irão conferir uma importante mais-valia à equipa, a espinha dorsal do Ferroviário mantém-se intacta, isto é, a estrutura base da magnífica formação que em 2008 conquistou o Moçambola está lá presente, sinónimo de que o futebol alegre e envolvente que caracterizou as suas actuações na época passada teremo-lo de volta já a partir de domingo.

Os ugandeses do Kampala City, que estarão entre nós na sua máxima força, chegam a Maputo na sexta-feira. O jogo será dirigido por um trio proveniente do Malawi e o comissário da CAF da Zâmbia. Os bilhetes de ingresso na catedral estarão ao preço de 50 meticais, enquanto os camarotes custarão 100.

ENSAIO FRENTE AOS ANGOLANOS

Depois da participação no torneio promovido por ocasião do primeiro aniversário da Associação dos Treinadores de Futebol de Moçambique, o Atlético Muçulmano efectuou ontem à tarde um ensaio competitivo diante dos angolanos do Bravos do Maquis. Foi uma oportunidade para Arnaldo Salvado observar e avaliar minuciosamente o potencial do seu conjunto, que se estreará no panorama continental, após conquistar a Taça de Moçambique na época transacta.

Novatos nestas lides, os muçulmanos, mesmo assim, não se deixam menosprezar, até porque também os suázis do Malanti Chiefs não possuem qualquer experiência em provas desta índole. Apesar da incógnita quanto ao resultado, o Atlético acredita sem reservas num desfecho favorável, devendo, para tal, tentar tirar partido das possibilidades que se lhe abrem na tarde de sábado, no seu campo.

Os suázis preferem chegar à capital moçambicana já amanhã, para a necessária ambientação. Igualmente da Zâmbia virá o comissário da CAF e os árbitros têm de Madagáscar. No campo do Atlético Muçulmano, será praticado o preço único de 50 meticais.

Recorde-se que, ao abrigo do programa de revitalização do desporto, em particular do futebol, aprovado pelo Governo em Outubro de 2005, no atinente ao apoio dos nossos representantes nas Afrotaças, iniciado em 2006, o Ministério da Juventude e Desportos responsabiliza-se pelo alojamento e alimentação das três partes visitantes: neste caso, equipas do Kampala City e do Malanti Chiefs, alojadas no Hotel Turismo; árbitros no VIP e Comissários da CAF no Avenida. Cabe-lhe ainda o pagamento do quarto árbitro, caso este não seja da cidade de Maputo, assim como o policiamento.

“Nacional” de Natação de Verão: Grande revelação campeão merecido


O CAMPEONATO Nacional de Verão de Natação trouxe uma grande revelação e um campeão merecido, que soube aproveitar-se das fragilidades denunciadas pelos seus oponentes antes do início da competição, com maior destaque para o Ferroviário de Maputo, que era o detentor do título.



O Ferroviário de Maputo deixou voar algumas das suas estrelas, nomeadamente os irmãos Leonel e Gerúsio Matonse, da categoria de seniores, Allan e Jannat Bique, dos escalões de iniciação. Gerúsio e os irmãos Bique estão filiados no Clube Tubarões de Maputo.

Por seu turno, Leonel Matonse, mesmo sem renunciar oficialmente, não tem estado a competir pelos ;locomotivas da capital do país desde que regressou do Centro de Alto-Rendimento de Pretória, em Dezembro último, onde esteve a tentar os mínimos para participar nos últimos Jogos Olímpicos realizados em Beijing, na China, como bolseiro do Comité Olímpico de Moçambique.

Isso por si revela algum desapontamento por parte do nadador em relação ao Ferroviário, cuja ausência começou a evidenciar-se no Campeonato de Verão da Cidade de Maputo. Quando se propalou a sua deserção para o Tubarões, Leonel e o seu irmão Gerúsio, mais os irmãos Allan e Jannat Bique, já treinavam neste clube. Porém, ele nunca nadou pelo Tubarões, não se sabendo no entanto se está filiado àquele clube ou continua ligado aos locomotivas de Maputo.

A situação agravou-se com a ausência de Ermelinda Zamba nas provas individuais, isto em seniores femininos. Zamba parece ter chegado ao fim da carreira e tem optado pelas provas de estafetas, por temer piores tempos nas provas individuais, face à evolução de algumas nadadoras dos escalões subsequentes e que têm feito melhores tempos que os seus.

O mesmo acontece com Ximene Gomes, do Desportivo de Maputo, que igualmente se juntou às estafetas.

Perante este cenário, o Golfinhos preparou-se para melhor tirar vantagem sobre este que é o seu principal rival. Aliás, o favoritismo do Golfinhos no último Nacional ficou esclarecido no Campeonato de Verão da Cidade de Maputo, quando se tornou campeão, aproveitando a saída daqueles atletas do Ferroviário

NUNO GOMES


A grande revelação do Nacional; de Verão é, sem dúvidas, o pequeno e talentoso nadador das bandas do Chiveve, concretamente do Clube Ferroviário da Beira. De nome Nuno Gomes, fixou nove recordes nacionais da categoria. É um feito invulgar na história da modalidade e que é justificado pelo surgimento de uma geração de talentos que se vislumbram a nível dos escalões de formação, facto que marca uma viragem o que foi comum durante muitos anos, em que o escalão máximo era dominante no que respeita às grandes conquistas.


Aliás, esta situação vem se enraizando de prova em prova, tanto a título individual como colectivo (estafetas). E ficou provado neste último Nacional, em que Nuno Gomes foi, para além de maior recordista, melhor nadador no seu escalão, ao destacar-se em várias provas, com maior destaque nos livres, em que esteve cinco vezes no pódio e fixou o mesmo número de máximos.

Nuno Gomes conseguiu novos máximos em 50, 100, 200, 400 e 800 metros livres. Bateu os restantes recordes em 100 e 200 metros estilos, 100 e 200 metros mariposa.

A maior parte destes recordes pertencia-lhe, destacando-se o de 100 livres, que foi retirado a Gerúsio Matonse, ex-Ferroviário de Maputo, e que acaba de se juntar ao Clube Tubarões de Maputo. Nuno Gomes fixou o novo máximo em 1.00.54 minuto, contra 1.03.00 de Matonse, registado no longínquo ano de 1999.

Para além da doçura dos recordes, Nuno Gomes desfrutou ainda do título de campeão da categoria, sendo o nadador que esteve mais vezes no pódio das provas em que participou. 
Salvador Nhantumbo

“Nacional” de Natação de Verão: Grande revelação campeão merecido


O CAMPEONATO Nacional de Verão de Natação trouxe uma grande revelação e um campeão merecido, que soube aproveitar-se das fragilidades denunciadas pelos seus oponentes antes do início da competição, com maior destaque para o Ferroviário de Maputo, que era o detentor do título.



O Ferroviário de Maputo deixou voar algumas das suas estrelas, nomeadamente os irmãos Leonel e Gerúsio Matonse, da categoria de seniores, Allan e Jannat Bique, dos escalões de iniciação. Gerúsio e os irmãos Bique estão filiados no Clube Tubarões de Maputo.

Por seu turno, Leonel Matonse, mesmo sem renunciar oficialmente, não tem estado a competir pelos ;locomotivas da capital do país desde que regressou do Centro de Alto-Rendimento de Pretória, em Dezembro último, onde esteve a tentar os mínimos para participar nos últimos Jogos Olímpicos realizados em Beijing, na China, como bolseiro do Comité Olímpico de Moçambique.

Isso por si revela algum desapontamento por parte do nadador em relação ao Ferroviário, cuja ausência começou a evidenciar-se no Campeonato de Verão da Cidade de Maputo. Quando se propalou a sua deserção para o Tubarões, Leonel e o seu irmão Gerúsio, mais os irmãos Allan e Jannat Bique, já treinavam neste clube. Porém, ele nunca nadou pelo Tubarões, não se sabendo no entanto se está filiado àquele clube ou continua ligado aos locomotivas de Maputo.

A situação agravou-se com a ausência de Ermelinda Zamba nas provas individuais, isto em seniores femininos. Zamba parece ter chegado ao fim da carreira e tem optado pelas provas de estafetas, por temer piores tempos nas provas individuais, face à evolução de algumas nadadoras dos escalões subsequentes e que têm feito melhores tempos que os seus.

O mesmo acontece com Ximene Gomes, do Desportivo de Maputo, que igualmente se juntou às estafetas.

Perante este cenário, o Golfinhos preparou-se para melhor tirar vantagem sobre este que é o seu principal rival. Aliás, o favoritismo do Golfinhos no último Nacional ficou esclarecido no Campeonato de Verão da Cidade de Maputo, quando se tornou campeão, aproveitando a saída daqueles atletas do Ferroviário

NUNO GOMES


A grande revelação do Nacional; de Verão é, sem dúvidas, o pequeno e talentoso nadador das bandas do Chiveve, concretamente do Clube Ferroviário da Beira. De nome Nuno Gomes, fixou nove recordes nacionais da categoria. É um feito invulgar na história da modalidade e que é justificado pelo surgimento de uma geração de talentos que se vislumbram a nível dos escalões de formação, facto que marca uma viragem o que foi comum durante muitos anos, em que o escalão máximo era dominante no que respeita às grandes conquistas.


Aliás, esta situação vem se enraizando de prova em prova, tanto a título individual como colectivo (estafetas). E ficou provado neste último Nacional, em que Nuno Gomes foi, para além de maior recordista, melhor nadador no seu escalão, ao destacar-se em várias provas, com maior destaque nos livres, em que esteve cinco vezes no pódio e fixou o mesmo número de máximos.

Nuno Gomes conseguiu novos máximos em 50, 100, 200, 400 e 800 metros livres. Bateu os restantes recordes em 100 e 200 metros estilos, 100 e 200 metros mariposa.

A maior parte destes recordes pertencia-lhe, destacando-se o de 100 livres, que foi retirado a Gerúsio Matonse, ex-Ferroviário de Maputo, e que acaba de se juntar ao Clube Tubarões de Maputo. Nuno Gomes fixou o novo máximo em 1.00.54 minuto, contra 1.03.00 de Matonse, registado no longínquo ano de 1999.

Para além da doçura dos recordes, Nuno Gomes desfrutou ainda do título de campeão da categoria, sendo o nadador que esteve mais vezes no pódio das provas em que participou. 
Salvador Nhantumbo

Vilankulo FC vendido ao respectivo presidente


ENQUANTO nas minhas veias correr sangue de futebol, Vilankulo FC não morrerá.


Palavras de Yassin Amugy quando prestava o seu primeiro juramento na tomada de posse como presidente de um clube que acabava de nascer em 2003 no norte de Inhambane. Yassine foi eleito numa assembleia-geral que reuniu perto de setenta sócios.


Em Novembro de 2006, o antigo presidente da jovem formação futebolística do país rebuscou este discurso numa conferência de Imprensa que serviu de balanço do desempenho da sua equipa que acabava de falhar a entrada no Moçambola, sua grande aposta e prioridade.

O tempo passou, os sócios foram desaparecendo um por um, os resultados vão minguando, as quotas para suportar as despesas de uma equipa que foi bafejada pela sorte de ter um recinto relvado para receber os seus adversários, Estádio Municipal de Vilankulo, andam longe de satisfazer as necessidades da agremiação. Yassin ficou sozinho. Foi aguentando com o barco. Nos dias que correm, de uma centena de sócios que se inscreveu com muita euforia no aparecimento da equipa, são contados com os dedos de uma só mão os que pagam quotas.

Em princípios de 2007, Yassin Amugy apresentou aos sócios a ideia de fechar as portas, pois as destruições que Vilankulo sofreu por causa de ciclone Fávio não pouparam as infra-estruturas deste jovem empresário que são a fonte de receita para alimentar o clube.

O Governo provincial anunciou apoio para manter a equipa na segunda liga na região sul, pois, dentro das quatro linhas, Vilankulo VC apresentava-se como sério candidato a ascender ao Moçambola, partindo em pé de igualdade com a Liga Muçulmana e Atlético Muçulmano. A época passou, o balanço era de novo desolador, pois o VFC não conseguia se impor aos, muçulmanos, desta vez o respectivo presidente renunciou à luta para o Moçambola, apostando na formação de uma equipa do futuro privilegiando a prata da casa.

Quero fazer uma equipa do futuro, prometeu Yassin para quem o clube não estava ainda em condições de partir em pé de igualdade com os outros para a luta por um lugar na fina-flor do futebol nacional por os parcos recursos financeiros de que se dispunha não conferirem segurança para tamanha guerra.

Todavia, Yassin Amugy, filho mais velho de Sulemane Amugy, empresário a cumprir o terceiro mandato à frente do município local, disse ter encontrado uma estratégia para tornar o clube mais rentável, com responsabilidade e seriedade que foi propor aos sócios com quotas em dia a sua venda, pois, na sua opinião, já havia concorrente que era ele mesmo.

É que o projecto em mão não só traz benefícios ao clube em si como também à sociedade residente em Vilankulo, porque tiraria alguns dividendos. Foi assim que em Dezembro passado numa assembleia-geral Vilankulo Futebol Clube é vendido ao empresário Yassine Amugy, antigo presidente do mesmo clube.

Em conversa com o nosso Jornal, Yassin, que acredita que um dia o Moçambola escalará aquelas bandas do norte de Inhambane, garante que a equipa vai continuar a ostentar o emblema e o nome actuais, bem como as cores dos equipamentos, e não só. 

O clube terá autonomia financeira e patrimonial e como primeira fase da execução do projecto, avaliado em cerca de cinco milhões de meticais, foi feita a aquisição de um autocarro para servir a equipa principal, a construção de um centro de estágio e alojamento na zona de Chibuene, perto do Estádio Municipal, com capacidade para quarenta atletas, além da contratação de dez jogadores de Maputo e Beira para tentarem levar o Moçambola em 2010 para Vilankulo.

Yassin diz que conta com um patrocinador de peso e anunciou igualmente que a equipa principal que está a se preparar para as grandes batalhas volta desta vez revigorada com o regresso de Abdul Omar que levou o Matchedje ao Nacional, para pilotar uma caravana cujo destino é o Moçambola em 2010.

Desta vez é de vez, promete Yassin, para quem três épocas consecutivas na segunda liga, foi tempo suficiente para adquirir experiência, pois esta equipa surgiu do nado, disputou e conquistou o campeonato provincial e representou a província nos campeonatos regionais e atingiu os quartos-finais na Taça de Moçambique, onde foi eliminada pelo Desportivo de Maputo, de Uzaras Momed.

Estamos virados para a contratação de jogadores com capacidade, primeiro, para ganhar o provincial, já que este ano voltamos aos campeonatos provinciais, e depois à poule de apuramento e estamos decididos a fazer surpresas, desafio do dono do clube de Vilankulo para quem a ajuntar a esta capacidade de organização estão o projecto da construção de uma primeira equipa vendida num país, a construção de um estabelecimento comercial onde expostos à venda os produtos do clube.

Seremos os primeiros no país a produzir e vender produtos do clube, garante o jovem empresário, acrescentando que muitas acções serão realizadas de forma a rentabilizar a agremiação para a sua sobrevivência.

O pensamento de Yassin é tornar o seu clube modelo a nível do país no que concerne à produção de receitas próprias. Explica que serão encontradas alternativas para o desenvolvimento de actividades extra-desportivas como forma de afastar os desportistas e jovens de vícios.

No período morto vamos enquadrar os nossos atletas em actividades sociais, como por exemplo dotá-los de conhecimentos sobre o combate à SIDA, à malária, bem como a conservação e manutenção de uma cidade limpa.

Estas acções serão levadas a cabo em coordenação com instituições apropriadas como é o caso do Núcleo Provincial de Combate SIDA e o conselho municipal local. Vamos também dar aos nossos jogadores a oportunidade de visitarem locais importantes da história de Vilankulo, da província de Inhambane e do país. Terão contacto com o turismo, uma das actividades prioritárias da região norte de Inhambane, bem como das empresas de construção para terem a ideia de como se faz uma casa, como se planifica uma estância turística, entre outras actividades. Queremos um atleta com conhecimento de um pouco de tudo.

Queremos desenvolver a cultura geral dos nossos jogadores e porque não lhes-dar a oportunidade de conhecerem o mundo.

Um dos grandes objectivos do jovem empresário é fazer o aproveitamento do estádio do município construído no âmbito de apoio social da SASOL naquela região e não só, juntar o útil ao agradável ou seja aliar o turismo ao bom futebol.

Queremos tirar partido do Mundial de 2010, recebendo algumas selecções aqui em Vilankulo, primeiro porque há condições de alojamento e campo para fazer treinos, o aeródromo é internacional, há estâncias turísticas de reconhecida qualidade, entre outros factores.

Victorino Xavier

Vilankulo FC vendido ao respectivo presidente


ENQUANTO nas minhas veias correr sangue de futebol, Vilankulo FC não morrerá.


Palavras de Yassin Amugy quando prestava o seu primeiro juramento na tomada de posse como presidente de um clube que acabava de nascer em 2003 no norte de Inhambane. Yassine foi eleito numa assembleia-geral que reuniu perto de setenta sócios.


Em Novembro de 2006, o antigo presidente da jovem formação futebolística do país rebuscou este discurso numa conferência de Imprensa que serviu de balanço do desempenho da sua equipa que acabava de falhar a entrada no Moçambola, sua grande aposta e prioridade.

O tempo passou, os sócios foram desaparecendo um por um, os resultados vão minguando, as quotas para suportar as despesas de uma equipa que foi bafejada pela sorte de ter um recinto relvado para receber os seus adversários, Estádio Municipal de Vilankulo, andam longe de satisfazer as necessidades da agremiação. Yassin ficou sozinho. Foi aguentando com o barco. Nos dias que correm, de uma centena de sócios que se inscreveu com muita euforia no aparecimento da equipa, são contados com os dedos de uma só mão os que pagam quotas.

Em princípios de 2007, Yassin Amugy apresentou aos sócios a ideia de fechar as portas, pois as destruições que Vilankulo sofreu por causa de ciclone Fávio não pouparam as infra-estruturas deste jovem empresário que são a fonte de receita para alimentar o clube.

O Governo provincial anunciou apoio para manter a equipa na segunda liga na região sul, pois, dentro das quatro linhas, Vilankulo VC apresentava-se como sério candidato a ascender ao Moçambola, partindo em pé de igualdade com a Liga Muçulmana e Atlético Muçulmano. A época passou, o balanço era de novo desolador, pois o VFC não conseguia se impor aos, muçulmanos, desta vez o respectivo presidente renunciou à luta para o Moçambola, apostando na formação de uma equipa do futuro privilegiando a prata da casa.

Quero fazer uma equipa do futuro, prometeu Yassin para quem o clube não estava ainda em condições de partir em pé de igualdade com os outros para a luta por um lugar na fina-flor do futebol nacional por os parcos recursos financeiros de que se dispunha não conferirem segurança para tamanha guerra.

Todavia, Yassin Amugy, filho mais velho de Sulemane Amugy, empresário a cumprir o terceiro mandato à frente do município local, disse ter encontrado uma estratégia para tornar o clube mais rentável, com responsabilidade e seriedade que foi propor aos sócios com quotas em dia a sua venda, pois, na sua opinião, já havia concorrente que era ele mesmo.

É que o projecto em mão não só traz benefícios ao clube em si como também à sociedade residente em Vilankulo, porque tiraria alguns dividendos. Foi assim que em Dezembro passado numa assembleia-geral Vilankulo Futebol Clube é vendido ao empresário Yassine Amugy, antigo presidente do mesmo clube.

Em conversa com o nosso Jornal, Yassin, que acredita que um dia o Moçambola escalará aquelas bandas do norte de Inhambane, garante que a equipa vai continuar a ostentar o emblema e o nome actuais, bem como as cores dos equipamentos, e não só. 

O clube terá autonomia financeira e patrimonial e como primeira fase da execução do projecto, avaliado em cerca de cinco milhões de meticais, foi feita a aquisição de um autocarro para servir a equipa principal, a construção de um centro de estágio e alojamento na zona de Chibuene, perto do Estádio Municipal, com capacidade para quarenta atletas, além da contratação de dez jogadores de Maputo e Beira para tentarem levar o Moçambola em 2010 para Vilankulo.

Yassin diz que conta com um patrocinador de peso e anunciou igualmente que a equipa principal que está a se preparar para as grandes batalhas volta desta vez revigorada com o regresso de Abdul Omar que levou o Matchedje ao Nacional, para pilotar uma caravana cujo destino é o Moçambola em 2010.

Desta vez é de vez, promete Yassin, para quem três épocas consecutivas na segunda liga, foi tempo suficiente para adquirir experiência, pois esta equipa surgiu do nado, disputou e conquistou o campeonato provincial e representou a província nos campeonatos regionais e atingiu os quartos-finais na Taça de Moçambique, onde foi eliminada pelo Desportivo de Maputo, de Uzaras Momed.

Estamos virados para a contratação de jogadores com capacidade, primeiro, para ganhar o provincial, já que este ano voltamos aos campeonatos provinciais, e depois à poule de apuramento e estamos decididos a fazer surpresas, desafio do dono do clube de Vilankulo para quem a ajuntar a esta capacidade de organização estão o projecto da construção de uma primeira equipa vendida num país, a construção de um estabelecimento comercial onde expostos à venda os produtos do clube.

Seremos os primeiros no país a produzir e vender produtos do clube, garante o jovem empresário, acrescentando que muitas acções serão realizadas de forma a rentabilizar a agremiação para a sua sobrevivência.

O pensamento de Yassin é tornar o seu clube modelo a nível do país no que concerne à produção de receitas próprias. Explica que serão encontradas alternativas para o desenvolvimento de actividades extra-desportivas como forma de afastar os desportistas e jovens de vícios.

No período morto vamos enquadrar os nossos atletas em actividades sociais, como por exemplo dotá-los de conhecimentos sobre o combate à SIDA, à malária, bem como a conservação e manutenção de uma cidade limpa.

Estas acções serão levadas a cabo em coordenação com instituições apropriadas como é o caso do Núcleo Provincial de Combate SIDA e o conselho municipal local. Vamos também dar aos nossos jogadores a oportunidade de visitarem locais importantes da história de Vilankulo, da província de Inhambane e do país. Terão contacto com o turismo, uma das actividades prioritárias da região norte de Inhambane, bem como das empresas de construção para terem a ideia de como se faz uma casa, como se planifica uma estância turística, entre outras actividades. Queremos um atleta com conhecimento de um pouco de tudo.

Queremos desenvolver a cultura geral dos nossos jogadores e porque não lhes-dar a oportunidade de conhecerem o mundo.

Um dos grandes objectivos do jovem empresário é fazer o aproveitamento do estádio do município construído no âmbito de apoio social da SASOL naquela região e não só, juntar o útil ao agradável ou seja aliar o turismo ao bom futebol.

Queremos tirar partido do Mundial de 2010, recebendo algumas selecções aqui em Vilankulo, primeiro porque há condições de alojamento e campo para fazer treinos, o aeródromo é internacional, há estâncias turísticas de reconhecida qualidade, entre outros factores.

Victorino Xavier

Costa do Sol abre “oficinas” dos jovens





O COSTA do Sol abre amanhã as oficinasdas camadas jovens, nomeadamente escolas, iniciados, juvenis e juniores, de acordo com um comunicado do seu Departamento de Futebol ontem recebido na nossa Redacção.


Para o efeito, todos os atletas destas camadas que representaram a colectividade no ano passado, bem como aqueles que o queiram fazer na presente temporada deverão se apresentar amanhã, pelas 8.00 horas, no seu campo, munidos do respectivo equipamento de treinos para o início dos trabalhos.


Os canarinhos continuam a ser um dos clubes que presta atenção às camadas de formação, tendo inclusivamente criado escolas de jogadores (Eusébio) em alguns bairros da capital do país, na perspectiva de pesquisar novos talentos e incentivar os petizes à prática do futebol.

Costa do Sol abre “oficinas” dos jovens





O COSTA do Sol abre amanhã as oficinasdas camadas jovens, nomeadamente escolas, iniciados, juvenis e juniores, de acordo com um comunicado do seu Departamento de Futebol ontem recebido na nossa Redacção.


Para o efeito, todos os atletas destas camadas que representaram a colectividade no ano passado, bem como aqueles que o queiram fazer na presente temporada deverão se apresentar amanhã, pelas 8.00 horas, no seu campo, munidos do respectivo equipamento de treinos para o início dos trabalhos.


Os canarinhos continuam a ser um dos clubes que presta atenção às camadas de formação, tendo inclusivamente criado escolas de jogadores (Eusébio) em alguns bairros da capital do país, na perspectiva de pesquisar novos talentos e incentivar os petizes à prática do futebol.

Inicia semana futebolística de invulgar expectativa: Afrotaças na ordem do dia


ESTA será uma semana verdadeiramente de invulgar expectativa para o futebol moçambicano.


Os representantes do país nas Afrotaças entram em acção, naquilo que constituirá a primeira grande avaliação das suas reais capacidades em relação ao ano de 2009. 


O Atlético Muçulmano, na sua estreia nas competições continentais, será o primeiro chamado à responsabilidade de prestigiar o nosso futebol, quando no sábado receber o Malanti Chiefs, da vizinha Suazilândia, para a Taça CAF, enquanto o Ferroviário, que disputa a Liga dos Campeões, apresentar-se-á no domingo, perante o Kampala City, do Uganda. Trata-se de embates referentes à primeira mão dos dezasseis-avos-de-final destas duas provas africanas de clubes.

Num ano em que a Selecção Nacional tem a gigantesca missão de tentar o apuramento para os Campeonatos Africano e Mundial de 2010, a terem lugar em Angola e na África do Sul, respectivamente, o comportamento dos nossos representantes nas Afrotaças será uma forma de aquilatar, do ponto de vista psicológico e competitivo, aquilo que os Mambas deverão fazer diante dos seus três adversários da derradeira fase de qualificação, designadamente Nigéria, Tunísia e Quénia.

Em mais uma participação na Liga dos Campeões, competição na qual já teve o privilégio de disputar a fase de grupos, na primeira edição do actual figurino, o Ferroviário fará com que o futebol regresse à catedral, no Estádio da Machava, na tarde de domingo.

O adversário, o Kampala City, não constitui nenhuma novidade entre nós, pois já cá esteve e, este ano, fa-lo-á perante um campeão moçambicano com um nível futebolístico bastante apurado e a assumir-se como favorito à transição para a etapa seguinte.

Os locomotivas, que foram buscar o técnico brasileiro Paulo Camargo à Liga Muçulmana, realizaram uma pré-época muito bem preenchida, que, por um lado, tinha em vista proporcionar ao treinador tempo e espaço para escolher o plantel desejado, tendo em conta a avalanche de atletas que acorreu à busca de sorte no Ferroviário, e, por outro, preparar precisamente a prova africana, à qual investirá todo o seu saber futebolístico de modo a chegar à fase de grupos.

O estágio na África do Sul foi descrito pelo técnico como tendo sido proveitoso, em vários prismas: a concentração dos jogadores para um rápido e melhor conhecimento mútuo, tendo em conta os novos ingressos, onde se destacam Mendes, Nené, Henning Comé e os regressados Fred e Pinto, este último guarda-redes; a realização de partidas com formações rotulados da terra do rand, precisamente para conferir a rodagem que, os atletas precisavam para fazer face à missão que lhes aguarda a partir deste domingo.

Um dia antes das emoções no Vale do Infulene, o campo do Atlético Muçulmano, localizado também na Machava, conhecerá o seu primeiro embate internacional de carácter oficial envolvendo os donos da casa. Mercê de uma temporada a todos os títulos magnífica, em que meritoriamente conquistou a Taça de Moçambique e sagrou-se vice-campeã nacional, a formação treinada por Arnaldo Salvado goza da sorte de o seu baptismo africano acontecer diante de um conjunto da modesta Suazilândia, o que a priori abre excelentes perspectivas para a sua transição.

Embora tenha perdido algumas unidades nucleares, que optaram por outros emblemas, o Atlético Muçulmano de forma alguma se rebaixa e promete uma carreira ao mesmo nível do ano transacto. Para o embate com o Malanti Chiefs, a turma moçambicana procurará, nesta primeira mão, explorar ao máximo o facto de actuar no seu terreno e perante os seus adeptos. Aliás, Salvado, depois de ter ido espiar o adversário, é de opinião que o Atlético reúne grandes possibilidades de ganhar a eliminatória, sendo importante que os seus atletas não se inibam face a uma prova continental.

Inicia semana futebolística de invulgar expectativa: Afrotaças na ordem do dia


ESTA será uma semana verdadeiramente de invulgar expectativa para o futebol moçambicano.


Os representantes do país nas Afrotaças entram em acção, naquilo que constituirá a primeira grande avaliação das suas reais capacidades em relação ao ano de 2009. 


O Atlético Muçulmano, na sua estreia nas competições continentais, será o primeiro chamado à responsabilidade de prestigiar o nosso futebol, quando no sábado receber o Malanti Chiefs, da vizinha Suazilândia, para a Taça CAF, enquanto o Ferroviário, que disputa a Liga dos Campeões, apresentar-se-á no domingo, perante o Kampala City, do Uganda. Trata-se de embates referentes à primeira mão dos dezasseis-avos-de-final destas duas provas africanas de clubes.

Num ano em que a Selecção Nacional tem a gigantesca missão de tentar o apuramento para os Campeonatos Africano e Mundial de 2010, a terem lugar em Angola e na África do Sul, respectivamente, o comportamento dos nossos representantes nas Afrotaças será uma forma de aquilatar, do ponto de vista psicológico e competitivo, aquilo que os Mambas deverão fazer diante dos seus três adversários da derradeira fase de qualificação, designadamente Nigéria, Tunísia e Quénia.

Em mais uma participação na Liga dos Campeões, competição na qual já teve o privilégio de disputar a fase de grupos, na primeira edição do actual figurino, o Ferroviário fará com que o futebol regresse à catedral, no Estádio da Machava, na tarde de domingo.

O adversário, o Kampala City, não constitui nenhuma novidade entre nós, pois já cá esteve e, este ano, fa-lo-á perante um campeão moçambicano com um nível futebolístico bastante apurado e a assumir-se como favorito à transição para a etapa seguinte.

Os locomotivas, que foram buscar o técnico brasileiro Paulo Camargo à Liga Muçulmana, realizaram uma pré-época muito bem preenchida, que, por um lado, tinha em vista proporcionar ao treinador tempo e espaço para escolher o plantel desejado, tendo em conta a avalanche de atletas que acorreu à busca de sorte no Ferroviário, e, por outro, preparar precisamente a prova africana, à qual investirá todo o seu saber futebolístico de modo a chegar à fase de grupos.

O estágio na África do Sul foi descrito pelo técnico como tendo sido proveitoso, em vários prismas: a concentração dos jogadores para um rápido e melhor conhecimento mútuo, tendo em conta os novos ingressos, onde se destacam Mendes, Nené, Henning Comé e os regressados Fred e Pinto, este último guarda-redes; a realização de partidas com formações rotulados da terra do rand, precisamente para conferir a rodagem que, os atletas precisavam para fazer face à missão que lhes aguarda a partir deste domingo.

Um dia antes das emoções no Vale do Infulene, o campo do Atlético Muçulmano, localizado também na Machava, conhecerá o seu primeiro embate internacional de carácter oficial envolvendo os donos da casa. Mercê de uma temporada a todos os títulos magnífica, em que meritoriamente conquistou a Taça de Moçambique e sagrou-se vice-campeã nacional, a formação treinada por Arnaldo Salvado goza da sorte de o seu baptismo africano acontecer diante de um conjunto da modesta Suazilândia, o que a priori abre excelentes perspectivas para a sua transição.

Embora tenha perdido algumas unidades nucleares, que optaram por outros emblemas, o Atlético Muçulmano de forma alguma se rebaixa e promete uma carreira ao mesmo nível do ano transacto. Para o embate com o Malanti Chiefs, a turma moçambicana procurará, nesta primeira mão, explorar ao máximo o facto de actuar no seu terreno e perante os seus adeptos. Aliás, Salvado, depois de ter ido espiar o adversário, é de opinião que o Atlético reúne grandes possibilidades de ganhar a eliminatória, sendo importante que os seus atletas não se inibam face a uma prova continental.

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