Nas vésperas do reinício do Moçambola-2011: Problemas salariais continuam nos clubes
A SENSIVELMENTE dois dias do reinício do Moçambola, Desportivo, Matchedje e Atlético Muçulmano continuam em diferendo com os seus jogadores devido aos atrasos no pagamento de salários.
Enquanto isso, os do Matchedje, que no domingo terão pela frente o Vilankulo FC, não recebem os seus ordenados há três meses e não treinam há sensivelmente um mês. Situação idêntica se passa com o Atlético, cujos atletas não recebem desde Julho e têm viagem para Tete onde, domingo, vão defrontar o Chingale.
DESPORTIVO NÃO TREINA DESDE SEMANA PASSADA
A equipa principal de futebol do Desportivo do Maputo volta hoje aos treinos depois de sensivelmente uma semana e meia de interregno, alegadamente porque os seus jogadores têm salários em atraso. Informações em nosso poder dão conta que os “alvi-negros” receberam metade do salário de Julho e têm o ordenado de Agosto em atraso.
MATCHEDJE RETOMA
O Matchedje, que igualmente não recebe ordenados há sensivelmente três meses, terá retomado ontem os treinos. Os “militares”, que não treinam desde 1 de Setembro, reuniram-se na passada sexta-feira com a direcção, sem a presença do técnico principal, Euroflin da Graça, que nos últimos dias optou por ficar em casa em virtude da falta de comparência dos atletas aos trabalhos.
ATLÉTICO CONTINUA REFÉM DA DIRECÇÃO
A turma do Atlético Muçulmano continua refém da direcção do clube que não dá a cara para resolver o problema relacionado com os três meses de salário em atraso. Os jogadores continuam a ser alvos de medidas disciplinares (faltas e descontos), que lhes são impostas de forma clandestina, tendo em conta que nenhum dirigente tem-se aproximado do local de trabalho desde que a crise se agudizou.
O técnico da equipa, Frederico dos Santos, disse que a direcção havia dado sinal de vida esta semana e que prometera comparecer na sessão de treinos da tarde de ontem, no campo do Maxaquene. Ajuntou que a situação prevalece, ou seja, a direcção ainda não pagou sequer um mês dos três em atraso.
Salientou que, apesar de não receberem os seus salários, os jogadores têm comparecido aos treinos, mas sem moral para trabalhar por razões que considera óbvias.
Entretanto, os jogadores do Matchedje e do Atlético já enviaram cartas a comunicarem sobre a situação de que passam à Federação e Liga Moçambicana de Futebol de modo que estes intercedam junto das direcções das suas colectividades para a solução dos problemas salariais.
Fonte:Jornal Noticias