Baixa inacessível
FACE ao cenário, todo o trânsito que pretendia entrar no centro da cidade (onde se concentra a maior parte dos serviços) pela Vladimir Lenine, chegado à Praça da OMM, era desviado para as avenidas do Zimbabwe e Acordos de Lusaka ou rua da Resistência e a Avenida da Malhangalene, uma vez que a circulação estava proibida na Kenneth Kaunda.
Os residentes dos bairros a norte da cidade, que habitualmente entram na baixa pela Marginal, tiveram que subir do Mercado do Peixe para Avenida do Zimbabwe, donde seguiram até à Avenida da Malhangalane.
A Avenida Eduardo Mondlane, que dá acesso aos Serviços de Urgência do Hospital Central do Maputo, também esteve encerrada desde o seu início (no entroncamento com a Julius Nyerere) até à Pandora, tornando a 24 de Julho na única via transitável em toda a extensão. Nesta, a confusão foi tal que ficou anulado o esforço dos poucos voluntários e agentes da Polícia Municipal que lá se encontravam. Notou-se a ausência de agentes de Trânsito para regular a circulação, o que evitaria a confusão nos entroncamentos.
O encerramento, que devia ter sido entre às 8.00 horas e 11.00 horas, acabou se prolongando até cerca das 14 horas, alegadamente devido à demora na libertação integral das vias pelas quais os ciclistas circulariam.
As restrições repetem-se hoje e amanhã, aconselhando-se aos automobilistas a entrar na cidade muito cedo antes do encerramento das vias usadas paras as provas.
O Conselho Municipal do Maputo lamenta a situação e reconhece que o itinerário definido para a prova não facilita o acesso nem a mobilidade na cidade. A partida é na Avenida 10 de Novembro, seguindo-se pela FACIM, na 25 de Setembro, Praça Robert Mugabe, Julius Nyerere, Eduardo Mondlane, Vladimir Lenine, Praça da OMM, Keneth Kaunda, Praça do Destacamento Feminino e Clube Naval. A meta coincide com a partida.
- José Chissano