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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Irmãos Bique e Matonse passam a ser “tubarões”


O FERROVIÁRIO de Maputo acaba de perder os seus melhores atletas de natação, nomeadamente os irmãos Allan e Jannat Bique, nos escalões de formação, e ainda Gerúsio e Leonel Matonse, nos seniores. Estes são os nomes sonantes de um grupo de 12 nadadores que representavam os “locomotivas” passam a representar o clube Tubarões, recentemente criado na cidade de Maputo.

Trata-se dum duro golpe para o Departamento de Natação dos “locomotivas” da capital do país, que dificilmente conseguirão apresentar este ano atletas com qualidade suficiente para rivalizar com os Golfinhos de Maputo, um dos emblemas mais fortes da actualidade.

Allan e Jannat Bique foram apresentados pelo seu novo clube na última quinta-feira, num acto que marcou a primeira aparição do novo clube. Frederico dos Santos, que também representou o Ferroviário de Maputo no passado como atleta e depois treinador, é o técnico principal dos Tubarões.

Dos Santos disse ao “Notícias” que os Tubarões vieram para ficar e pretendem nos próximos dois ou três anos colocarem-se no pódio da natação em Moçambique, estando para e por isso a juntar os melhores nadadores.

Queremos começar fortes e temos hoje estes atletas com capacidade provada em competições nacionais e internacionais. Outros virão nas próximas épocas e vamos formar outros nadadores porque temos qualidade para isso”, disse o treinador.

O técnico explicou que na primeira fase a piscina Raimundo Franisse será o “quartel general” dos Tubarões, podendo no futuro obter o seu próprio espaço, à semelhança do que aconteceu com os Golfinhos.

Comentando a saída dos irmãos Bique do Ferroviário para os Tubarões, o pai dos atletas, Firdosse Bique, disse que neste momento o Ferroviário não está interessado numa boa prestação do seu Departamento de Natação, podendo regressar ao clube se um dia Filipe Nhussi assumir a presidência.

O Ferroviário não consegue fazer o mínimo para os atletas. Os nadadores vivem na Matola e o clube não pode pagar transporte. Encontramos um chapeiro que garante isso e juntamo-nos a esse chapeiro. Estes nadadores bateram 50 recordes nacionais pelo Ferroviário de Maputo, cujo director executivo, Sérgio Kanji, nem sequer conseguiu dizer obrigado. Limitou-se a dar-nos um papel de desvinculação definitiva”, desabafou o pai Bique.