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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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BÁSQUETE -TAÇA DOS CLUBES CAMPEÕES DE ÁFRICA-2008 - Lá estamos nós, no pico do Quilimanjaro!

Festa “alvi-negra”!
Festa “alvi-negra”!


O DESPORTIVO voltou a escrever mais uma página na história do básquete africano sénior feminino, ao conquistar, na tarde de sábado, pela segunda vez consecutiva, a Taça dos Clubes Campeões, após vencer na final o 1º de Agosto de Angola, por 70-63, naquilo que foi a reedição da final anterior.

O Continente Africano rendeu-se mais uma vez ao encanto das “águias”, que na capital queniana, Nairobi, voltaram a voar mais alto, dando mostras que o céu é mesmo o limite. Aliás, estão no ponto mais alto de África, o Qulimanjaro! Na redenção da final de Maputo, no passado, as “alvi-negras” demonstraram ser superiores ao 1º de Agosto de Angola, que embora tenha dado uma boa réplica, nunca chegou a estar em vantagem. No primeiro período, o marcador apontava 18-10 a favor do Desportivo. Já no segundo, as coisas não correram muito bem tendo as angolanas reduzido para uma diferença de apenas três pontos (29-26), resultado com que saíram para o intervalo.

O repouso parece ter sido mágico para as comandadas de Nazir Salé, já que entraram, para a segunda parte, a “matar”, pois, no final do terceiro período, saíram a vencer, por 55-43, uma margem de 12 pontos que reflectia a organização táctica, o nível físico e sobretudo o poder de reacção das moçambicanas que souberam dar uma resposta cabal em momentos menos bons. Aliás, foi assim ao longo de toda a prova. Um Desportivo à campeão, que contra as equipas menos experimentadas ainda na fase de grupos, acelerou e desacelerou quando lhe convinha, e contra conjuntos já de algum renome, casos do Djoliba, First Bank, 1º de Agosto espalhou todo o seu perfume. A máquina montada por Nazir Salé carburou na perfeição. Foi perfeita no seu modo de actuar, a defender e a atacar. Foi a única que ganhou os oito jogos disputados, sendo que nunca chegou a estar em desvantagem, é obra!

Se no ano passado as “alvi-negras” ainda desconhecidas no panorama continental, viveram muito à sombra de Salimata Diata e Anta Sy, que eram o coração da equipa, o mesmo já não se pode dizer deste conjunto, se se atender que todas as jogadoras tiveram um papel importante na equipa. Nota disso é que a cada jogo ia se destacando uma atleta diferente. Diarra Desai, Deolinda Ngolela, Yolanda Jones, Licka Sy, Cátia Halar, Anabela Cossa, Aleia Rachide, Tânia Cuachene foram alguns dos nomes sonantes.

A americana Yolanda Jones foi um reforço de peso para o Desportivo, visto que foi ela que com um registo de 27 pontos contribuiu grandemente para a vitória do Desportivo, enquanto Aleia Rachide fez 17 pontos.

Moçambique volta assim a estar em festa graças às meninas da bola-ao-cesto, que já conquistaram quatro taças africanas para o país. Desportivo (2007 e 2008), Académica (2001) e Maxaquene (1991). É caso para dizer que o básquete feminino vive momentos de pura “magia” e de muita alegria que ficarão indelevelmente marcados na memória de todos os moçambicanos.

FIRST BANK EM TERCEIRO E A QUEDA DO K.P.A E DJOLIBA

Nota de destaque para a vitória do First Bank (Nigéria) frente o ABC (Costa do Marfim), por 76-62, que lhe valeu o terceiro lugar.

Noutros desafios em que se registaram surpresas, o CSA (Costa do Marfim) venceu o Djoliba, por 57-55, tendo ocupado a quinta posição, enquanto o A.P.R (Ruanda) bateu o K.P.A (Quénia), por 67-50, e classificou-se em sétimo.


DUAS "ÁGUIAS" NO CINCO IDEAL


DUAS jogadoras do Desportivo, nomeadamente Deolinda Ngolela (base) e Yolanda Jones (poste) fazem parte do cinco ideal da prova. Esta é uma nomeação, que acaba sendo um prémio justo para as duas “alvi-negras.

Deolinda transportou o jogo como ninguém. Jogou e fez jogar, enquanto Yolanda Jones foi letal debaixo da tabela e teve um bom aproveitamento em todos os jogos.

Fazem parte desta lista Ekworomadu Joyce (First Bank), Maurícia Nassecela (1º de Agosto e Camara Fatoumata (A.B.C).

Deolinda Ngolela
Deolinda Ngolela

DEOLINDA NGOLELA, A MVP


NÃO foi à toa que a direcção do Desportivo se esforçou para trazer Deolinda Ngolela, que está ao serviço de uma formação universitária dos Estados Unidos da América. Entre os reforços foi a última a juntar-se à equipa um dia antes do arranque da prova e foi recebida entre muitos carinhos e abraços.

Deolinda que desempenha a posição de base com enorme mestria acabou sendo reconhecida como a jogadora mais valiosa da prova (MVP). A grande exibição nos últimos dois jogos frente o First Bank e 1º de Agosto terão convencido os júris que não hesitaram em atribuir-lhe o prémio.

O de melhor marcadora foi para Kouyate Kani (C.S.A) que atingiu a marca de 156 pontos, enquanto de ressaltadora foi para Juma Caroline (Eagle Wings) que obteve 76 roubos de bola. Maurícia Nassecela foi distinguida com o troféu de melhor triplista.

O prémio de equipa “Fair-Play” foi para o KPA.

PERCURSO DE UM CAMPEÃO


1ª JORNADA: Desportivo – Vita Club (85-41)

2ª JORNADA: Desportivo – CSA (92-57)

3ª JORNADA : APR – Desportivo (41-88)

4ª JORNADA : Desportivo – KCC (105-57)

5ª JORNADA: Desportivo – KPA (67-49)

QUARTOS-DE-FINAL: Desportivo-Djoliba (79-63)

MEIAS-FINAIS: Desportivo – First Bank (67-55)

FINAL: 1º de Agosto – Desportivo (70-63)

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